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Cientistas conseguem alongar ligações entre átomos de carbono
O carbono está em todos os lugares, em todos os aspectos da vida. O carbono é o alicerce da natureza. Ele se combina facilmente com outros átomos para formar moléculas que formam tudo. Este processo é chamado de ligação.
O professor Dr. Yusuke Ishigaki e sua equipe da Universidade Hokkaido, no Japão, têm investigado o alongamento das ligações de carbono. A ligação simples é conhecida por ter 1,54 angstroms de comprimento. A equipe conseguiu ‘esticá-la’ para 1,8 angstroms – 17% a mais do que o padrão.
Para fazer isso, a equipe criou estruturas em forma de concha, permitindo-lhes esticar a ligação de carbono e protegê-la. Eles tiveram sucesso, provando que a ligação carbono-carbono não é rígida. Não só isso, eles estabeleceram o recorde mundial com a ligação carbono-carbono mais longa já medida, com 1.806 angstroms.
“Nosso grupo criou o vínculo único mais longo, mas também pudemos demonstrar que o comprimento não era a única característica”, disse o professor Yusuke Ishigaki.
Investigando mais, os cientistas descobriram que uma ligação carbono-carbono esticada é mais fraca e mais flexível do que se supõe. A ligação esticada pode alongar ou contrair ainda mais em resposta à luz ou ao calor. Essa flexibilidade pode dar à molécula novas propriedades, como maior reatividade.
Avanços futuros podem permitir que os cientistas criem produtos químicos que sejam menos prejudiciais para os seres humanos e para o meio ambiente, explorem melhores maneiras de produzir alimentos, medicamentos mais seguros e muito mais.
“No futuro, pretendo atingir dois angstroms de comprimento, o que é muito provável que cause novos fenômenos”, concluiu o professor Ishigaki.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Hokkaido (em inglês).
Fonte: Sohail Keegan Pinto, Universidade Hokkaido.
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