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IPT apresenta relatório final da implementação do ‘Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos’ da Baixada Santista

Fonte

IPT | Instituto de Pesquisas Tecnológicas

Data

quarta-feira, 10 abril 2024 16:45

A queda na porcentagem de materiais recicláveis presentes na massa total de lixo de quatro municípios da Baixada Santista (Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente), na comparação entre a composição dos resíduos analisados no ano de 2022 com os números de 2016, é uma das conclusões apresentadas no Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Baixada Santista (PRGIRS/BS), elaborado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para auxiliar a gestão do lixo na região no que diz respeito aos aspectos ambientais, econômicos e sociais.

Para a obtenção da composição dos resíduos da Baixada Santista, foi calculada pela equipe do IPT uma média ponderada da composição dos quatro municípios analisados e o resultado foi extrapolado para a região, resultando em 64% de resíduos úmidos (rejeitos e orgânicos) e 36 % de materiais recicláveis. A diminuição na porcentagem de recicláveis ocasionou, consequentemente, um aumento na porcentagem de resíduos úmidos (orgânicos e rejeitos), mas, segundo os responsáveis pelo levantamento, a queda de materiais recicláveis na massa de resíduos se deu provavelmente pelo aumento da coleta seletiva –  o município que apresentou a maior queda foi justamente Santos, que atingiu 100% de cobertura na área urbana do município.

“Os resíduos recicláveis, quando separados na origem, podem ser destinados à coleta seletiva, bem como serem entregues em pontos de coleta específicos. A triagem dos materiais depende da atuação de cooperativas e catadores autônomos, antes de chegar nas indústrias de transformação”, explicou Letícia dos Santos Macedo, pesquisadora do Núcleo de Sustentabilidade e Baixo Carbono do IPT e coordenadora do projeto. Em 2016, a Baixada Santista possuía 11 cooperativas de triagem de materiais recicláveis, sendo duas unidades no município de Guarujá e de Santos e uma em cada um dos demais municípios – hoje, são 15 cooperativas, pois foram abertas, nos últimos sete anos, mais uma no município de Guarujá, uma em Itanhaém, uma em Peruíbe e uma em Praia Grande.

Os municípios que apresentaram um aumento significativo na coleta seletiva, entre os anos de 2016 e 2020, foram Santos e Praia Grande, seguidos de São Vicente, Mongaguá e Cubatão. De maneira geral, a massa de material reciclável coletada pela coleta seletiva chegou a quase dobrar entre os anos de 2016 a 2020, com um aumento de 86 % entre um ano e outro, o que representa um aumento de massa de material coletado de 21% ao ano.

O relatório apontou que houve um aumento na quantidade total de materiais recicláveis coletados; em específico no município de Santos, no entanto, a capacidade instalada de triagem destes materiais não acompanhou o aumento da capacidade de coleta. Como forma de corrigir esta questão, parte do material coletado em Santos passou a ser escoado para as cooperativas de triagem dos municípios de São Vicente e Cubatão.

“Na Região Metropolitana da Baixada Santista, é bom lembrar, os resíduos sólidos urbanos não reciclados são encaminhados a aterros sanitários que, em sua maioria, têm as áreas destinadas à disposição e ao tratamento praticamente esgotadas ou previsão de esgotamento em curto prazo”, afirmou a pesquisadora do IPT. “Viabilizar a ampliação destas áreas e encontrar outras adequadas à implantação de novos aterros sanitários está cada vez mais difícil, acrescentando-se a isto o atendimento de legislações cada vez mais restritivas”.

Hoje, a maioria dos municípios destinam os resíduos sólidos urbanos para o aterro da Terrestre Ambiental situado em Santos, enquanto Peruíbe e Itanhaém são os únicos que os destinam para outras áreas, como o aterro municipal de Peruíbe e o aterro Lara Central de Tratamento, em Mauá, respectivamente.

Acesse a notícia completa na página do Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

Fonte: IPT.

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