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UNILA abriga coleção de microrganismos de interesse biotecnológico e ambiental

Fonte

UNILA | Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Data

quarta-feira, 29 junho 2022 18:35

Cerca de 500 tipos de bactérias e fungos fazem parte da Coleção de Cultura de Microrganismos de Interesse Biotecnológico e Ambiental (CCMIBA) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). A preservação e manutenção do acervo é o ponto inicial para o desenvolvimento de um leque enorme de pesquisas.

De técnicas alternativas para degradar agrotóxicos na agricultura, ao desenvolvimento de biocimentos para a construção civil, novos fármacos para tratar o câncer e até experimentos para testar a qualidade do álcool usado no combate à COVID-19 são alguns dos estudos em andamento na UNILA e que utilizam, como matéria-prima ou em alguma etapa do projeto, fungos e bactérias. E, de acordo com a curadora da CCMIBA, a professora Dra. Rafaella Costa Bonugli Santos, o potencial para o desenvolvimento de novas pesquisas é ainda maior. “Fungos e bactérias são organismos que podem sobreviver e crescer em diferentes condições; eles podem, por exemplo, viver em ambientes sem oxigênio. Durante seu crescimento, eles produzem alguns compostos que podem ser usados pelo ser humano em diversas áreas, como para produzir alimentos, tratar doenças e até para despoluir um rio ou solo”, explicou a curadora.

A Coleção surgiu oficialmente em 2020 com o objetivo de manter viáveis os microrganismos coletados por professors e estudantes da Universidade e de instituições parceiras. Os fungos e bactérias da CCMIBA têm diversas origens. Há um acervo grande de fungos isolados que foram encontrados em plantas, troncos e no solo do Parque Nacional do Iguaçu, mas há também microrganismos marinhos, provenientes de indústria têxtil, de esgoto, coletados de rachaduras da Usina de Itaipu e até leveduras e bactérias da Antártida.

Os organismos microscópicos são mantidos em ultrafreezers, a uma temperatura de -80ºC. “A nossa coleção trabalha com organismos vivos, e utilizamos uma série de técnicas e produtos especiais para garantir que eles se mantenham com suas propriedades físico-químicas e sua morfologia preservadas”, salientou Quémili Simone Brand, estudante de Ciências Biológicas e bolsista da CCMIBA.

Com o ultrafreezer e os meios de cultura corretos, é possível manter os organismos viáveis por um período de seis meses. Depois disso, eles precisam ser reativados e voltar a ser congelados. “Esse é um processo contínuo, que demanda pessoal capacitado e investimentos em equipamentos e suprimentos. Esse processo garante que tenhamos organismos aptos para novas pesquisas, além de projetos de extensão e atividades de ensino desenvolvidos na Universidade”, disse a professora Rafaella Santos. A docente, que é curadora da Coleção da UNILA, fez doutorado na Coleção Brasileira de Microrganismos de Ambiente e Indústria (CBMAI) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Atualmente, a equipe da Coleção trabalha na organização e catalogação de todo o material preservado. Alguns organismos precisam passar por análises genéticas para serem identificados. “Nosso trabalho vai desde a coleta do microrganismo em campo até a extração do material genético em laboratório para fazer o sequenciamento e identificar a espécie. Pode parecer algo simples, mas é um processo que leva, no mínimo, seis meses de trabalho”, complementou Quémili. Os dados primários de todas as espécies identificadas irão integrar a Rede Paranaense de Coleções Biológicas (TaxOnline), que reúne coleções botânicas, microbiológicas e zoológicas de instituições de pesquisa do Paraná. A partir da TaxOnline, as informações também vão compor um banco de dados internacional, permitindo que sejam acessados por pesquisadores e pessoas interessadas em microbiologia do mundo inteiro.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal da Integração Latino-Americana.

Fonte: UNILA.

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