Destaque

Serpentes da Mata Atlântica são protagonistas de guia ilustrado

Fonte

Jornal da USP

Data

quarta-feira, 7 agosto 2019 10:55

Além do papel no ecossistema, muitas cobras apresentam venenos com substâncias que auxiliam os seres humanos a produzir compostos úteis, inclusive medicamentos. Uma nova publicação quer mostrar a importância da preservação destes animais e, consequentemente, de seu habitat, com foco na Mata Atlântica e florestas costeiras. No dia 8 agosto será lançado o livro Serpentes da Mata Atlântica: guia ilustrado para as florestas costeiras do Brasil, de autoria de André Eterovic, doutor em ecologia pela USP e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC); Ivan Sazima, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e Otávio Marques, pesquisador do Instituto Butantan.

O guia ilustrado traz várias informações, em forma de iconográficos, a respeito das 142 espécies representadas. Os hábitos alimentares, se são diurnos ou noturnos, a forma de reprodução, a frequência de avistamento e a periculosidade para o ser humano são algumas das características dos répteis presentes no livro. “A ideia era transpor todos os elementos da biologia das cobras em ícones para a pessoa só bater o olho e saber”, explica Marques. As serpentes estão organizadas por padrões de aparência que levam em conta a cor, por exemplo, facilitando assim a identificação de cada animal.

A publicação, que possui fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), faz parte de uma coleção de guias que mapeiam serpentes de diversos biomas. Edições anteriores tiveram foco na Caatinga, Pantanal e Cerrado. Marques conta que a ideia inicial surgiu a partir de seu doutorado sobre as cobras da Estação Ecológica Jureia-Itatins, em São Paulo, que foi orientado, inclusive, por Ivan Sazima.

O pesquisador do Instituto Butantan pensou no retorno que poderia dar para a população que vivia naquela região: tentar ajudá-los na identificação dos animais. A partir disso a ideia de fazer um guia surgiu. “E, ao invés de ficar só na Jureia, estendemos”, comenta. A primeira edição, lançada em 2001, e que também tinha como foco a Mata Atlântica, se restringia apenas à Serra do Mar. Já a nova publicação, mais atualizada, vai além, abrangendo a Mata Atlântica das florestas costeiras do Brasil.

Uma das grandes novidades do guia em relação aos outros é a presença de mapas que mostram a ocorrência de cada espécie. De acordo com o pesquisador, esses mapas podem ajudar pessoas na identificação das cobras, já que algumas espécies são parecidas fisicamente, mas são naturais de áreas diferentes.

Com um público que vai desde crianças até pesquisadores, a coleção de guias também é uma forma de se fazer divulgação científica. “E eu acho que à medida que temos feito esses guias temos diminuído um pouco o preconceito que as pessoas têm. Cobra é um bicho importante. É um bicho-chave para se trabalhar com educação ambiental e conservação”, ressalta Marques. O livro possui textos introdutórios que abordam justamente a importância de conservação do meio ambiente.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Marcelo Canquerino, Jornal da Usp. Imagem: Divulgação.

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