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Espécie invasora: pesquisa analisa infecção do caramujo africano por larvas de parasitos

Estudo realizado pela pesquisadora Alicia Caroline Melo Lima trouxe à luz descoberta sobre infecção, por larvas de parasitos, no caramujo-gigante-africano.

Intitulado ‘Ocorrência de Achatina fulica (Bowdich, 1822) infectado por larvas de nematódeos no estado do Maranhão, Brasil’, o trabalho tem como foco investigar, caracterizar e determinar a frequência de infecção por estas larvas nessa espécie invasora. Fruto da dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), a pesquisa contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA).

Nordman Wall, presidente da FAPEMA, destacou que a pesquisa é muito significativa e trará importantes avanços no conhecimento desta espécie, suas características e impactos para o ser humano e o ambiente: “Este estudo aponta para a necessidade de uma vigilância contínua e de mais pesquisas para melhor compreensão e gerenciamento de espécies invasoras, bem como na proteção da saúde pública e dos ecossistemas naturais. A pesquisadora vai fornecer uma base sólida para futuros estudos e ações de controle, destinadas a reduzir os impactos negativos deste caramujo nas regiões onde existe a proliferação dessa espécie. O estado segue firme no apoio e financiamento a estudos que venham garantir mais qualidade de vida e mais saúde aos cidadãos”, avaliou.

Conhecido popularmente como caramujo gigante africano, a Achatina fulica é uma espécie exótica invasora originária da África, que tem sido motivo de preocupação em várias partes do mundo, devido ao seu potencial impacto na agricultura, ecossistemas naturais e na saúde pública. Uma das questões mais preocupantes é sua capacidade de abrigar parasitos que podem representar riscos para a saúde humana e animal.

Esses animais possuem uma capacidade de adaptação a ambientes alterados, podendo ser encontrados em locais como terrenos abandonados e até mesmo em lixões. Sua resistência aos períodos de seca e ao frio é notável, e sua dieta variada inclui uma ampla gama de alimentos disponíveis ao seu redor, tais como frutas, legumes, flores, folhas e até mesmo restos de lixo. Sem predadores naturais, o caramujo africano pode exercer um impacto negativo sobre a fauna de gastrópodes nativos.

Além disso, constitui-se como uma praga agrícola significativa e serve como hospedeiro intermediário para larvas de nematódeos que podem transmitir algumas doenças. Entre estas, a Meningite Eosinofílica e a Angiostrongilíase Abdominal, contraídas pela ingestão de verduras, frutas, legumes e hortaliças contaminadas pelo muco do caramujo.

Atualmente, esta espécie está amplamente distribuída em todo o território brasileiro e, apesar da presença generalizada, há uma ausência de dados científicos específicos sobre sua ocorrência no Maranhão. “As informações disponíveis geralmente se limitam a relatos de moradores locais e cobertura em telejornais. O estudo busca preencher esta lacuna”, destacou o presidente da FAPEMA.

Acesse a notícia completa na página da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão.

Fonte: Sandra Viana, FAPEMA.

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