Destaque

Congresso Brasileiro de Agroecologia fia a teia da ecologia de saberes

Fonte

EMBRAPA

Data

quarta-feira, 13 novembro 2019 10:00

O campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) em São Cristóvão, cidade-mãe do menor estado brasileiro, foi o chão sobre o qual, por quatro dias intensos e ricos, de 4 a 7 de novembro, aconteceu a rica troca de saberes sobre plantar e colher sem destruir, respeitando e celebrando a vida em toda sua diversidade, durante o Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) 2019.

Realizado a cada dois anos pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) em parceria várias organizações, o CBA teve em sua 11ª edição considerada um marco tanto por seus organizadores quanto seus mais de três mil participantes, com mais de 600 agricultoras e agricultores e membros de diversas etnias indígenas, e foi marcada por trocas, encontros, empoderamento, despedidas e desenvolvimento coletivo.

O CBA 2019 abriu caminhos e rompeu fronteiras físicas e invisíveis. Teve pela primeira vez como espaço o ambiente de uma universidade pública. Viu nascer, em sua programação, o Festival Internacional de Cinema Agroecológico (Ficaeco). Pela primeira vez foi realizado sem patrocínio direto das esferas do poder público. E foi grandioso.

Foi fruto da fiação coletiva de uma grande teia de cooperação, de intercâmbio de saberes e fazeres agroecológicos. Com o lema “Ecologia de Saberes: Ciência, Cultura e Arte na Democratização dos Sistemas Agroalimentares”, foi construído com base nas proposições da “Pedagogia do Território”, de Raquel Rigotto, e da Pedagogia Griô, de Líllian Pacheco e do Griô Márcio Caires.

Fiando a teia
Partindo da ideia de que a Agroecologia se constrói a partir da interação entre prática, ciência, movimento e diversas fontes de conhecimento, a costura com elementos dessa teia lançou um olhar para diferentes linguagens, territórios e saberes.

Os mais de dois mil trabalhos científicos foram apresentados nos “tapiris”, termo da língua indígena Caribe, conhecido pelos seringueiros, indígenas e agricultores da Amazônia, que significa palhoça, onde se abriga aqueles que estão em mobilidade pelos territórios.

As fiandeiras trataram de conduzir o fio da teia de saberes em 16 eixos temáticos e questões geradoras abordados nos ambientes de diálogo integrados em dez conferências conjuntas, tecendo a conferência de despedida.

As tendas principais acolheram dezenas de rodas de conversa sobre temas como visibilidade, respeito empoderamento LGBTQI+, feminino e do povo preto na agroecologia.  Os espaços permanentes trouxeram cores, sabores, energias, letras, símbolos e brincadeiras para o campus, com área de alimentação com produtos agroecológicos, palco para expressões musicais e artísticas, espaço Ciranda para as crianças, tenda de cuidados da saúde com diversas abordagens, espaço de oficinas culinárias com ingredientes limpos e não convencionais, comercialização de produtos das comunidades tradicionais de todo o país e muito mais.

Acesse a notícia completa na página da EMBRAPA.

Fonte: Saulo Coelho, Embrapa Tabuleiros Costeiros. Imagem: Saulo Coelho – divulgação.

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que  cadastrados no Canal Ambiental e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Ambiental, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2024 ambiental t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional em Meio Ambiente, Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account