Notícia
Startup leva água potável ao interior do Maranhão
Projeto apoiado pelo ‘Programa Conecta Startup Brasil’, com apoio do CNPq, já beneficiou mais de 2 mil pessoas
Divulgação, CNPq
Fonte
CNPq | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Data
sexta-feira, 28 maio 2021 06:40
Áreas
Engenharia Hídrica. Saneamento. Saúde. Sociedade.
Mais de 2 mil pessoas já foram beneficiadas pelo projeto da startup de impacto social SDW (Safe Drinking Water for All), fundada em 2015 com o propósito de desenvolver tecnologias hídricas e de saneamento que proporcionem mais saúde e qualidade de vida à população de maior vulnerabilidade socioambiental.
Em parceria com a Fundação Vale, a SDW está realizando um projeto-piloto com o dispositivo Aqualuz, que torna a água própria para consumo apenas com a radiação solar, junto a dez famílias da comunidade de Vila Pindaré, no município de Buriticupu, distante cerca de 400 km da cidade de São Luiz, no Estado do Maranhão. Para a sua realização, a iniciativa conta com o apoio do programa Conecta Startup Brasil, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Softex, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que se destaca por apoiar empresas de base tecnológica em estágio inicial.
O Aqualuz é a única tecnologia no mundo que realiza o tratamento de água de cisternas usando a luz solar, sem nenhum tipo de filtro ou de aditivo químico. Trata-se de um reservatório com superfície de vidro, diretamente acoplado à cisterna e que pode ser instalado em apenas 10 minutos. A manutenção é feita utilizando apenas água e sabão. O equipamento tem vida útil de até 20 anos.
A água armazenada na cisterna é bombeada até o dispositivo e o tratamento acontece automaticamente, e um indicador sinaliza quando o processo está concluído. Por sua simplicidade no manuseio, na manutenção, pelo potencial de impacto positivo e transformador no meio ambiente, o Aqualuz foi premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Foi no âmbito do Conecta Startup Brasil que conseguimos estabelecer, construir e manter a conexão com a Vale que é, além de nossa parceira, também cliente. O programa foi responsável por essa sinergia mútua. Nos próximos meses, esperamos firmar um acordo para a aquisição de mais 200 unidades. Assim, poderemos beneficiar mais quatro comunidades em Buriticupu”, destaca Jhonathan Lima, coordenador de projetos da SDW.
A gerente da Fundação Vale, Pamella De-Cnop, explicou que a tecnologia foi implantada após conexão da Vale com a startup SDW por meio do programa Conecta Startup Brasil, que fomenta o ecossistema brasileiro de inovação. O projeto segue sendo monitorado e espera-se que ele possa ser expandido futuramente. “Temos muita alegria em poder contribuir para o acesso a uma necessidade básica da população que é a água potável. Pela simplicidade do projeto as próprias famílias têm autonomia para gerir o equipamento. Esperamos poder contribuir para que o acesso à água potável torne-se possível para mais famílias no interior do Maranhão”, destacou a gestora.
O acesso à água potável e ao saneamento básico é considerado um direito básico do ser humano. Segundo dados das Organizações das Nações Unidas (ONU), em 2015, 2,1 bilhões de pessoas não tinham acesso à água potável, enquanto 4,5 bilhões de pessoas globalmente não tinham instalações sanitárias geridas de forma segura. No Brasil, existem cerca de 1,4 milhão de cisternas construídas.
A SDW está presente atualmente nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Sergipe. A meta da empresa é operar em todos os nove estados do Nordeste e também no norte de Minas Gerais.
Acesse a notícia completa na página do CNPq.
Fonte: CNPq. Imagem: Divulgação, CNPq.
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