Notícia

Poluição atmosférica pode afetar saúde óssea

Estudo com mais de 3.700 pessoas na Índia associa poluição a um risco maior de desenvolver osteoporose

Freepik

Fonte

ISGlobal | Instituto de Saúde Global de Barcelona

Data

terça-feira, 7 janeiro 2020 10:10

Áreas

Qualidade do Ar. Saúde.

Alguns potenciais efeitos da poluição do ar na saúde são bem conhecidos – câncer de pulmão, acidente vascular cerebral e doenças respiratórias, por exemplo – mas outros têm menos evidências científicas. É o caso da saúde óssea: existem poucos estudos e seus resultados não foram conclusivos. Agora, uma pesquisa na Índia liderada pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) encontrou uma associação entre a exposição à poluição do ar e os efeitos negativos sobre a saúde óssea.

A osteoporose, que leva a uma diminuição na densidade da massa óssea, é responsável por uma carga substancial de doenças em todo o mundo e espera-se que aumente sua prevalência devido ao envelhecimento da população.

O novo estudo, realizado pelo Projeto CHAI e publicado na revista científica Jama Network Open, teve como objetivo analisar a relação entre poluição do ar e saúde óssea, em mais de 3.700 pessoas em 28 vilas perto de Hyderabad , no sul da Índia.

Os autores aplicaram um modelo para estimar a exposição à poluição do ar em torno das residências, considerando partículas finas (partículas suspensas no ar com diâmetro inferior a 2,5 μm, as chamadas PM2,5, e o carbono negro. Essas informações foram relacionadas à saúde óssea, avaliada a partir de um tipo de raio-x que mede a densidade óssea – absorciometria de dupla energia por raios-X (DXA) – considerando a massa óssea na coluna vertebral e no quadril esquerdo.

Os resultados mostraram que a exposição à poluição do ar, especialmente com partículas finas, foi associada a um baixo nível de massa óssea.

“Este estudo contribui para a literatura científica escassa e inconclusiva que associa a poluição do ar à piora na saúde óssea”, explica o Dr. Otavio Ranzani, pesquisador da ISGlobal e primeiro autor do estudo. Quanto aos mecanismos que poderiam explicar esse vínculo, o pesquisador destaca que “a inalação de partículas contaminantes pode levar a um aumento na perda de minerais ósseos, por meio do estresse oxidativo e da inflamação causada pela contaminação”.

A exposição anual ao PM2,5 foi de 32,8 µg/m3, bem acima dos valores máximos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (10 µg/m3).

“Nossas descobertas se somam a um crescente corpo de literatura científica que indica que a poluição do ar é relevante para a saúde óssea, em uma ampla gama de níveis de exposição, incluindo os encontrados em países de baixa e média renda, como os de renda alta “, concluiu a Dra. Cathryn Tonne, coordenadora do estudo e do Projeto CHAI.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Instituto de Saúde Global de Barcelona (em espanhol).

Fonte: ISGlobal. Imagem: Freepik.

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