Notícia

Pesquisadores querem conquistar o mercado com novo bioinseticida desenvolvido na UENF

Novo bioinseticida Bovekill é capaz de controlar todas as fases de desenvolvimento dos insetos – ovo, larva, pupa e adulto

Divulgação, FAPERJ

Fonte

FAPERJ | Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

Data

sábado, 7 novembro 2020 11:25

Áreas

Agricultura. Biotecnologia.

Segundo estimativas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o mercado mundial de biodefensivos, estimado em US$ 5 bilhões, deverá crescer 70% em 2020. Isso porque pessoas em todo o mundo andam privilegiando a alimentação saudável e a responsabilidade socioambiental dos produtores de alimentos, que, pressionados, também tentam reduzir o uso de defensivos químicos tradicionais. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil é responsável por 1/5 do consumo mundial dos produtos químicos destinados à agricultura e cerca de 30% dos agroquímicos utilizados no País foram classificados como muito perigosos. Portanto, os produtos fitossanitários biológicos, além de apresentarem baixa periculosidade à saúde humana e ambiental, minimizam os efeitos econômico-ambientais nocivos aos ecossistemas agrícolas, como os fenômenos da resistência de pragas, ressurgência de pragas, surgimento de pragas secundárias e quebra da cadeia alimentar decorrente do uso contínuo de fitoquímicos. Além disso, contribuem ainda para a qualidade de vida dos produtores, trabalhadores e residentes de áreas rurais.

Com o objetivo de conquistar esse mercado em expansão, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) desenvolveu um inseticida biológico à base de fungo. De acordo com Aline Teixeira Carolino, bióloga e doutora em Entomologia, o maior diferencial e vantagem do Bovekill é o fato de o produto ser capaz de controlar todas as fases de desenvolvimento dos insetos (ovo, larva, pupa e adulto). Além disso, os pesquisadores ainda conseguiram agregar capacidade termorreguladora ao bioinseticida, o que é benéfico para minimizar os efeitos da insolação nas lavouras.

Pensando na tendência de cultivo urbano e doméstico de hortas e plantas ornamentais, a empresa MicrobiAll também desenvolveu a linha jardinagem do Bovekill, específico para este fim, em embalagens menores. Os sócios da nova empresa, que inclui a doutoranda Thais Berçot, como diretora de marketing, Dr. Thalles Mattoso, como diretor comercial e os professores Dr. Richard Samuels e Dr. Gerson Silva como colaboradores, contará com auxílio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ):  bolsa de doutor empreendedor de R$ 4,1 mil, bolsa de Iniciação Tecnológica por até 24 meses para um integrante da equipe e auxílio de R$ 50 mil para aquisição de equipamentos e demais itens necessários ao desenvolvimento inicial da empresa. Em contrapartida, a empresa, que receberá orientação da equipe da incubadora TecCampos, estará sediada na UENF.

O inseticida tem como princípio ativo o fungo Beauveria bassiana, comprovadamente eficiente para controle de pragas de diversas culturas como mosca branca, pulgão, cochonilhas, trips, ácaro rajado, percevejos, lagartas desfolhadoras, brocas, gorgulho, traça do tomateiro e lagarta do cartucho.

Os sócios fizeram uma pesquisa de mercado em Campos dos Goytacazes anterior ao desenvolvimento do produto e ficaram surpresos com o desconhecimento dos agricultores acerca dos produtos para o controle biológico de pragas e doenças nas lavouras. “Nosso custo é competitivo e o produtor ainda tem ganho de proteção ambiental, sua saúde preservada e nenhum efeito residual sobre o produto cultivado, além da maior valorização do produto final no mercado”, explicou a Dra. Aline Carolino.

A Dra. Aline, que participou do Programa Doutorado Sanduíche no exterior como bolsista na Universidade de Swansea, no Reino Unido, onde trabalhou no Centro de Biociências com biopesticidas para o controle de insetos vetores de doenças, sempre atuou na área de controle microbiano de insetos, desenvolvendo também formulações de fungos entomopatogênicos para controle do mosquito Aedes aegypti, além das pragas agrícolas. “Nosso objetivo é conquistar o mercado de bioinseticidas”, projetou a pesquisadora.

Acesse a notícia completa na página da FAPERJ.

Fonte: Ascom FAPERJ. Imagem: Divulgação, FAPERJ.

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