Notícia

Pesquisadoras estudam a planta crotalária no combate ao mosquito da dengue

Para combater o mosquito transmissor da doença, a planta da espécie Crotalária, usada pela agricultura para adubo do solo e fixação de nitrogênio, está sendo estudada para servir de combate ao Aedes aegypti

Ana Lúcia Ferreira, Embrapa Agrobiologia.

Fonte

UTFPR | Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Data

sexta-feira, 28 agosto 2020 11:05

Áreas

Ciências Biológicas. Botânica. Saúde.

Mesmo com a população em alerta para a COVID-19, o Estado do Paraná ainda registra aumento de casos de outra doença: a dengue. O informe do mês de agosto, por exemplo,  inicia o período com 79 novos casos confirmados, em 29 municípios. São 484 notificações e 350 casos em investigação. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde do Paraná, o último período, de 2019/2020, foi o de maior registro de casos, finalizado com 227.724 confirmações e 177 óbitos.

Para combater o mosquito transmissor da doença, uma planta usada pela agricultura para adubo do solo e fixação de nitrogênio está sendo estudada para servir de combate ao Aedes aegypti. Trata-se da planta da espécie Crotalária, utilizada principalmente em canaviais como o chamado “adubo verde”.

Quem está à frente deste estudo é a estudante de Ciências Biológicas Barbara Clara Schneider, do Campus Santa Helena da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),  orientada pelas professoras Dra. Denise Lange e Dra. Adriana Maria Meneghetti. O projeto teve inicio em 2016, quando a crotalária foi distribuída no município de Missal, região Oeste do Paraná e vizinho a Santa Helena.

De acordo com as pesquisadoras, o combate se dá de forma indireta já que plantas do gênero Crotalária, mais especificamente Crotalaria spectabilis, podem atrair inúmeros insetos e outros artrópodes que servem de alimento para libélulas, umas das principais predadoras de adultos e de larvas de Aedes.

“Sou agente de endemias e havia essa dúvida, será que ela é eficaz nisso? Ela atrai uma grande quantidade de artrópodes e, como a libélula é uma predadora, estará buscando a crotalária por causa dessa grande quantidade?”. Essas eram as perguntas da aluna Barbara que a motivaram a realizar os estudos. “Tendo maior quantidade de alimento, as libélulas poderiam aumentar suas populações, aumentando assim as chances de predar os mosquitos”, afirma a pesquisadora.

O estudo da acadêmica é o primeiro a analisar esta espécie para isso e pode auxiliar prefeituras e órgãos públicos a incentivar o plantio de crotalárias nas áreas urbanas.

A Prefeitura de Missal, por exemplo, autorizou a estudante a realizar a pesquisa em duas áreas próximas ao Lago Municipal da cidade. Os estudos já estão em andamento com o plantio e coleta de dados, desde 2018. Quase 15 mil artrópodes foram registrados forrageando sobre Crotalaria spectabilis, com registro de libélulas e sem a presença do mosquito Aedes.

Acesse a notícia completa na página da UTFPR.

Fonte: Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Imagem: Crotalária juncea. Fonte: Ana Lúcia Ferreira, Embrapa Agrobiologia.

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