Notícia

Cientistas usam organismos aquáticos para estabelecer níveis seguros de agroquímicos

Obter dados por meio de testes de toxicidade em organismos de diferentes níveis da cadeia alimentar permite avaliar os possíveis efeitos de novos agroquímicos

Divulgação, Embrapa

Fonte

Embrapa | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Data

quinta-feira, 27 agosto 2020 11:10

Áreas

Agricultura. Sustentabilidade.

Pesquisa realizada na Embrapa Meio Ambiente (SP) utilizou organismos aquáticos para determinar níveis de segurança para a concentração na água de defensivos químicos utilizados na lavoura. Foram analisados níveis de toxidade para o inseticida diflubenzuron, para os fungicidas piraclostrobin e epoxiconazole e para a mistura dos dois últimos. Os três são insumos usados na agricultura e o diflubenzuron chegou a ser empregado também na piscicultura, apesar de sua aplicação não ser permitida nessa atividade.

“As espécies analisadas foram uma microalga, dois microcrustáceos, um inseto aquático e uma espécie de peixe, no caso do diflubenzuron. No caso dos fungicidas, uma microalga, um microcrustáceo e um peixe”, relatou Dr. Claudio Jonsson, pesquisador da Embrapa. O pesquisador ressalta que a utilização dessas espécies como bioindicadores traz vantagens: por serem relativamente fáceis de cultivar e manter em laboratório, elas apresentam boa disponibilidade e menor custo.

O cientista explica que essas espécies são mais sensíveis aos efeitos da toxidade dos produtos e permitem uma avaliação relativamente rápida dos efeitos desses agentes e a estimativa dos impactos causados sobre outros organismos.

“Uma molécula pode ser extremamente tóxica para um organismo, mas não para outro. Os herbicidas, por exemplo, em sua maioria são altamente tóxicos para algas e plantas aquáticas, mas não tanto para vertebrados e invertebrados”, explicou o Dr. Jonsson, frisando que o emprego dessas espécies consegue estimar níveis seguros para diferentes organismos e também para a saúde humana.

“São usados parâmetros obtidos de ensaios de bioconcentração em tecidos como ferramenta para determinar limites de concentração para avaliar o risco associado ao consumo humano de fontes proteicas de origem aquática que possam conter esses contaminantes”, detalha, referindo-se especialmente ao consumo de peixes.

O pesquisador conta que órgãos internacionais recomendam o uso de organismos bioindicadores que sejam de cultivo e manutenção relativamente fáceis e que pertençam a diferentes níveis tróficos. Esses indicadores biológicos também fornecem a base para o desenho dos testes de toxicidade crônica, importantes para estimar os efeitos de quantidades residuais dos agentes por um período prolongado.

Para o pesquisador, a obtenção de dados por meio de diversos testes de toxicidade em organismos de diferentes níveis da cadeia alimentar é importante para avaliar também os possíveis efeitos de novos agroquímicos lançados no mercado.

Acesse a notícia completa na página da Embrapa.

Fonte: Cristina Tordin, Embrapa Meio Ambiente. Imagem: Divulgação, Embrapa.

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