Notícia

Pesquisa revela que antas contribuem para o reflorestamento de áreas degradadas

A ocorrência está relacionada aos hábitos alimentares do animal

Reprodução

Fonte

Portal UFLA| Universidade Federal de Lavras

Data

quarta-feira, 10 abril 2019 13:00

Áreas

Agricultura, Biodiversidade, Gestão Ambiental, Recursos Naturais.

Uma pesquisa desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da Universidade Federal de Lavras (PPGECO/UFLA) e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) revela que as fezes das antas possuem grande potencial para contribuir com o reflorestamento de áreas degradadas pelas ações humanas.

A ocorrência está relacionada aos hábitos alimentares do animal. A espécie possui alimentação baseada em frutas, brotos e folhas. As sementes ingeridas são expelidas em suas fezes e, com o tempo, tendem a florescer. Por ser um animal grande, e caminhar bastante, a anta realiza a dispersão de sementes por uma longa extensão.

A pesquisa foi realizada em uma área conhecida como “arco do desmatamento”,por apresentar o maior índice de desmatamento da região amazônica. A escolha foi feita quando os pesquisadores perceberam que as antas tinham preferências por lugares degradados e passavam a maior parte do tempo nesses terrenos.

O pós-doutorando da UFLA responsável pelo estudo, o Dr. Lucas Paolucci, e o então mestrando da Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), Rogério Libério Pereira, analisaram a dispersão de sementes presentes nas fezes do animal, sob a coordenação do pesquisador do IPAM, Paulo Brando. Em quatro campanhas no ano de 2016, os cientistas coletaram excrementos dos mamíferos em três tipos de áreas: uma de floresta preservada, outra queimada com incêndios experimentais realizados anualmente e a terceira queimada com incêndios experimentais trienais.

Nessas amostras, foram encontradas aproximadamente 129 mil sementes dentro das fezes do animal, de 24 espécies de plantas diferentes. Aproximadamente 75% das fezes que foram coletadas nas áreas degradadas possuíam 90% das sementes. Após a observação, os pesquisadores concluíram que, em ambientes com a maior parte da floresta degradada, as antas, devido ao seu tamanho, percorrem maiores distância e distribuem mais sementes em uma extensão maior, se comparada à distribuição de sementes nas florestas intocadas. Por isso, esses animais possuem grande potencial para auxiliar no reflorestamento natural.

Com a comprovação de que as antas contribuem para a recuperação das florestas degradadas, o Dr. Paolucci afirma que seu estudo traz “mais um motivo para preservar esses animais”.

Acesse a notícia na página do Portal da UFLA.

Fonte: Melissa Carvalho  – Dcom/UFLA . Imagem: reprodução, vídeo UFLA.

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