Notícia

Professoras do Ifal desenvolvem tecnologia de produção de álcool a partir da folha de coqueiro

A ideia surgiu da necessidade de pensar formas alternativas de produção do álcool, aliado ao reaproveitamento de resíduos que geralmente são descartados

Divulgação

Fonte

IFAL | Instituto Federal de Alagoas

Data

quarta-feira, 10 abril 2019 09:40

Áreas

Biotecnologia. Gestão Ambiental. Gestão de Resíduos. Sustentabilidade.

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) recebeu mais uma notificação de depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Desta vez foi o processo de produção de bioetanol, a partir das folhas do coqueiro anão, desenvolvido pelas professoras Márcia Gomes e Martha Rocha, respectivamente dos campi de Santana do Ipanema e Penedo, além de outros seis pesquisadores, de mais duas universidades.

A ideia surgiu da necessidade de pensar formas alternativas de produção do álcool, como fonte para diversificação da matriz energética, aliado ao reaproveitamento de resíduos que geralmente são descartados. Como o coqueiro é uma cultura adaptada ao clima e solo nacional, pensou-se nessa cultura, como possibilidade viável para a exploração comercial de seus frutos e reutilização de seus insumos na geração de energia.

Ainda no mestrado, desenvolvido no Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Márcia experimentou formas de produção de biocombustível, a partir de culturas alternativas, como a palma, o abacaxi, a mandioca, além da própria cana-de-açúcar, que é a fonte mais tradicional na indústria de produção de bioetanol, no Brasil. No entanto, naquele momento, ela focou sua pesquisa no uso da casca de coco, como fonte de energia. Os resultados obtidos em suas análises fizeram com que continuasse suas investigações no doutoramento, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

“Durante a pesquisa, eu percebi que outros resíduos poderiam ser utilizados na produção de etanol. Mas quando nos aprofundamos, foi percebido que isso já não era mais novidade, foi quando comecei a observar o que acontecia no meu entorno e me deparei com as folhas de coqueiros, que estavam nas praias”, recordou.

Ao perceber que além das cascas de coco, as folhas amadurecidas dos coqueiros eram podadas e descartadas, ela viu nesse material o potencial para ser uma fonte, ainda não utilizada, para a produção do biocombustível. A ideia foi levada para o seu grupo de pesquisa, onde pesquisadores das três instituições envolvidas puderam fazer os primeiros testes.

“A medida que eu obtinha os resultados, com a folha do coqueiro anão, eu não tinha o comparativo na literatura. Eu tenho sim, em relação a outras culturas, como a palha e o bagaço da cana-de-açúcar, mas nada referente a biomassa que escolhi, então essa dificuldade existia em como lidar com a estrutura e quebrá-la ao máximo, para obter o etanol”.

Ainda que esse conhecimento tenha sido obtido, Márcia lembra que a utilização de biomassas alternativas, para a produção de biocombustível, em larga escala, não é um processo de fácil adesão. Isso dependeria do reposicionamento da finalidade do plantio do espécime escolhido. “Uma região que eu vejo em potencial para o desenvolvimento desse processo é na região Nordeste, porque é nesta região que existe a maior área plantada e de cultivo de coqueiros do Brasil”.

Acesse o conteúdo completo na página do IFAL.

Fonte: Instituto Federal de Alagoas – IFAL. Imagem: Divulgação.

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