Notícia

Pesquisa da Escola de Arquitetura da UFMG transforma resíduos de madeira em objetos

Processo resulta da mistura de serragem ou pó de MDF com aglutinante

Natália Neto Rosa, UFMG

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

terça-feira, 26 março 2019 13:00

Áreas

Biotecnologia. Gestão Ambiental. Gestão de Resíduos. Sustentabilidade.

Aparas de madeira, serragem e pó de MDF, que costumam ser descartados incorretamente, ganharam uma destinação sofisticada e sustentável. Projeto da Escola de Arquitetura transforma esses materiais em petisqueiras, porta-copos, bowls, bandejas e luminárias. O processo, em fase de patenteamento, consiste na mistura do resíduo com um aglutinante específico, semelhante à cola branca escolar.

A ideia de reaproveitar esse resíduo na fabricação de uma “madeira plástica”, combinando-o com um polímero, surgiu em 2004, quando o Dr. Glaucinei Rodrigues Corrêa, professor da Escola de Arquitetura da UFMG, ainda cursava o mestrado em Engenharia de Materiais. “Naquela ocasião, não encontrei interessados em aplicar o processo industrialmente”, relata o professor. Em 2013, motivado pela demanda de uma aluna com projeto de trabalho de conclusão de curso de Design, ele decidiu resgatar a pesquisa.

O processo consiste na mistura da serragem (derivada da madeira maciça) ou do pó de MDF com um aglutinante específico, semelhante à cola branca escolar. No primeiro caso, a proporção de resíduo é de 30%, enquanto no segundo é de 40%. Colocada em uma prensa que tem o molde do produto, a massa é submetida a certas condições de temperatura e pressão, durante o tempo necessário para a obtenção da textura e da cor desejadas, propiciando a obtenção do material e o acabamento estético em uma só etapa. É possível, também, adicionar algum corante. “Foram necessários cerca de três anos de experimentos para encontrar o resultado ideal”, relata o Dr. Glaucinei Rodrigues.

A produção ambientalmente sustentável e o design sofisticado são, do ponto de vista do seu idealizador, os principais atributos que agregam valor aos objetos. O depósito do pedido de patente da tecnologia foi realizado, neste mês, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e o registro dos objetos produzidos será solicitado em breve. A previsão é que a tecnologia seja licenciada para uma associação de reciclagem da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Acesse a notícia completa na página da UFMG.

Fonte: Matheus Espíndola, UFMG. Imagem: Natália Neto Rosa, UFMG.

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