Notícia

Pesquisa com a canola apresenta resultados inéditos sobre interferência e dano econômico de plantas daninhas

Estudos foram desenvolvidos no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da UFSS

Wagner Lenhardt/Acervo Ascom-ER

Fonte

UFFS | Universidade Federal da Fronteira Sul

Data

sexta-feira, 8 março 2019 10:50

Áreas

Agricultura, Biodiversidade, Gestão Ambiental, Sustentabilidade.

Pesquisadores da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Erechim, têm voltado-se cada vez mais à canola, cultura ainda pouco explorada no meio acadêmico e científico nacional principalmente no que se refere ao controle de plantas daninhas e produtividade dos grãos. Os estudos são desenvolvidos no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental e têm como orientadores os professores Dr. Leandro Galon e Dr. Altemir Mossi. Pelo menos duas dissertações de mestrado, defendidas em dezembro de 2018 e fevereiro de 2019, investigaram o tema.

De acordo com o professor Galon, a pesquisa da acadêmica Daiani Brandler gerou resultados inéditos no Brasil. O estudo sobre interferência e nível de dano econômico de plantas daninhas na cultura da canola demonstrou que é necessário que o produtor efetue o controle das plantas daninhas de 25 a 60 dias após a canola emergir do solo. Efetuar o controle antes desse período não é necessário. Porém, quem passar dos 60 dias e não efetuar o monitoramento, perderá toda a produtividade da canola.

A pesquisa apontou também que a infestação de nabo, azevém e aveia preta alteraram negativamente a altura das plantas, diâmetro de caule, área foliar, número de plantas por metro, a massa seca da parte aérea, o número de síliquas e a massa de mil grãos. A interferência das plantas daninhas reduziu em 94,05% a produtividade da canola quando nenhum método de controle foi empregado.

O acréscimo na produtividade de grãos, no preço da canola, na eficiência do herbicida e a redução do custo de controle faz com que menos plantas de nabo por metro quadrado sejam necessárias para se entrar com algum método de controle, para evitar perdas de rendimento do produtor.

A outra pesquisa da UFFS, da acadêmica Thalita Pedrozo Pilla, analisou a qualidade das sementes de canola quando submetidas à maturação com herbicidas. No estudo, as plantas que não receberam aplicação dos produtos e que permaneceram no campo até o final do ciclo da cultura apresentaram sementes de melhor qualidade física, fisiológica e sanitária.

Os trabalhos serão agora encaminhados para publicação no meio científico. Segundo o Dr. Galon, os experimentos feitos são próprios de uma universidade pública como a UFFS. “Em virtude das estratégias de concorrência do mercado, dificilmente uma empresa privada estudaria isso. Proporcionar essas informações é praticamente um serviço que fazemos aos produtores”, destaca o pesquisador.

Acesse o conteúdo completo na página da UFFS.

Fonte: Universidade Federal da Fronteira Sul. Imagem: Wagner Lenhardt/Acervo Ascom-ER – divulgação.

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que  cadastrados no Canal Ambiental e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Ambiental, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2024 ambiental t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional em Meio Ambiente, Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account