Notícia

Poluição Interna: substâncias no ar do interior de escolas podem potenciar asma e obesidade

Conclui estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, em Portugal

Divulgação

Fonte

Universidade do Porto

Data

quinta-feira, 7 março 2019 12:00

Áreas

Cidades, Clima, Qualidade do Ar, Saúde.

A presença de disruptores endócrinos no ar do interior – também conhecida como Poluição Indoor ou Interna – das escolas pode conduzir ao desenvolvimento de asma, de sintomas respiratórios e de obesidade nas crianças, concluiu um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), que avaliou a qualidade do ar interno de 71 salas de aula de 20 escolas do ensino primário do Município do Porto, em Portugal.

Os disruptores endócrinos são substâncias que provocam alterações em todo o sistema endócrino (hormonal) do indivíduo e que podem ser encontrados em produtos de uso corrente e em aplicações domésticas, como revestimento de pisos, móveis, tintas, entre outros. Pelas alterações que provocam no organismo, o estudo do efeito destes desreguladores na saúde humana é uma importante questão de saúde pública.

“Queríamos analisar o impacto dos disruptores endócrinos no desenvolvimento de asma, de sintomas respiratórios nos últimos 3 meses e de obesidade, em crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 12 anos, expostas a estas substâncias dentro das salas de aula”, afirma Inês Paciência, pesquisadora do ISPUP e primeira autora do estudo, coordenado por André Moreira, também pesquisador do ISPUP.

“Concluímos que o ar interior das escolas analisadas apresenta baixas concentrações de disruptores endócrinos. Contudo, mesmo concentrações reduzidas têm já um efeito negativo na saúde das crianças, potenciando o desenvolvimento de asma, de obesidade e sintomas respiratórios”, explica Inês Paciência.

Segundo a pesquisadora, “a Organização Mundial de Saúde define um limiar a partir do qual a exposição a determinadas concentrações de disruptores endócrinos é nociva para a saúde. No entanto, o que este trabalho mostra é que a exposição a concentrações situadas abaixo desse limiar já é arriscada”.

O período da infância é um momento crítico para o estudo do impacto dos desreguladores endócrinos sobre a saúde, uma vez que as alterações registadas nesta idade podem prolongar-se até à vida adulta. Além do mais, pelo tempo que passam em ambientes fechados – locais onde existe uma maior concentração destas substâncias, devido à falta de ventilação – as crianças são um grupo suscetível.

Acesse o conteúdo completo na página da Universidade do Porto.

Fonte: Diana Seabra, Universidade do Porto. Imagem: Divulgação.

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