Notícia

Novo estudo analisa o impacto da poluição do ar na saúde das pessoas

Fonte

Universidade de Exeter

Data

terça-feira, 14 abril 2020 10:15

Áreas

Qualidade do Ar. Saúde. Sociedade.

Um novo projeto pioneiro para avaliar os efeitos da poluição do ar sobre as pessoas em seus microambientes, liderado pelo professor Dr. Gavin Shaddick e pela Dra. Karyn Morrissey, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, recebeu financiamento como parte do programa Clean Air: Analysis & Solutions, financiado pelo Fundo de Prioridades Estratégicas do governo do Reino Unido e liderado pelo Met Office e pelo Conselho de Pesquisa em Meio Ambiente Natural (NERC). O projeto tem duração de três anos e envolverá também especialistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido.

A má qualidade do ar é o maior risco ambiental para a saúde pública no Reino Unido, e a exposição prolongada à poluição do ar pode levar a doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e respiratórias, além de câncer de pulmão, causando uma redução na expectativa de vida.

Os métodos atuais para avaliar as exposições à poluição do ar tendem a se concentrar em grandes áreas, seja em toda a cidade, regionalmente ou nacionalmente.

No entanto, para entender completamente os efeitos da poluição do ar na saúde humana, é necessário restringir esse foco ao nível individual para medir como a poluição afeta diretamente cada pessoa e também para medir a eficácia das ações de intervenção.

Para este novo projeto, a equipe de pesquisa desenvolverá uma nova estrutura inovadora de modelagem que combina dados sobre exposições ao ar livre e em ambientes fechados à poluição do ar, padrões de viagens e o tipo de atividades que as pessoas realizam todos os dias.

O modelo simulará a exposição diária de diferentes grupos populacionais à poluição do ar e sua precisão será avaliada em relação às medições reais feitas por grupos de voluntários que transportarão monitores portáteis de poluição.

“Tradicionalmente, as informações sobre os efeitos da poluição do ar na saúde se baseiam na atribuição do nível médio de poluição em uma cidade ao endereço residencial das pessoas para indicar a qualidade do ar que elas respiram”, afirmou o professor Gavin Shaddick, Coordenador de Ciência de Dados e Estatística da Universidade de Exeter.

“No entanto, para obter evidências mais conclusivas dos impactos da poluição do ar individualmente, precisamos de mais informações sobre ‘exposições pessoais’ – os diferentes níveis de poluição que as pessoas experimentarão ao se moverem entre diferentes lugares ou ‘microambientes’ ao longo do dia”, continuou o especialista.

Medir essas exposições pessoais para um grande número de pessoas é extremamente caro e demorado.

“Então, a Universidade de Exeter, em colaboração com a Universidade de Manchester, está desenvolvendo uma abordagem inovadora, liderada por pesquisadores de Ciência de Dados e Inteligência Artificial, para quantificar exposições pessoais à poluição do ar, combinando dados sobre padrões de deslocamentos diários e outras atividades diferentes com dados de poluição. Essa nova abordagem simulará a exposição diária de diferentes grupos à poluição do ar em seus próprios microambientes, para que possamos entender melhor os impactos da poluição do ar e os efeitos de intervenções e mudanças de políticas a serem avaliados dentro de um ambiente virtual”, concluiu o pesquisador.

Acesse a notícia na página da Universidade de Exeter (em inglês).

Fonte: Universidade de Exeter. Imagem: Pixabay.