Notícia
Novo modelo rastreia arsênio nas águas subterrâneas
Cientistas usaram simulações em computador para identificar com mais precisão as fontes de poluição por arsênio
Pixabay
Fonte
Universidade Flinders
Data
quinta-feira, 16 abril 2020 10:45
Áreas
Geociências. Hidrologia. Recursos Hídricos. Saúde Pública.
A contaminação natural por arsênio (As) das águas subterrâneas (geogênicas) é um problema de importância global. Ocorre em grande parte dos aquíferos aluviais e deltaicos no sul e sudeste da Ásia. No Brasil, não é diferente. Um estudo de revisão publicado em 2003 na Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas destaca o arsênio na água como um problema de saúde pública, também no Brasil.
O arsênio é insípido e inodoro e, portanto, é frequentemente consumido por dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo sem o seu conhecimento. Se ingerido por longos períodos, pode causar sérios danos aos seres humanos, mesmo em baixas concentrações.
Em um novo estudo publicado na revista científica Nature Geoscience, cientistas usaram simulações em computador para identificar com mais precisão as fontes de poluição por arsênio e para prever melhor a velocidade com que a poluição por arsênio está se espalhando nos aquíferos usados para a produção de água potável.
A pesquisa decifra o papel importante que a interface rio-água subterrânea pode desempenhar como fonte de poluição por liberação de arsênio.
Uma equipe australiana da Universidade Flinders, da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Austrália (CSIRO) e da Universidade da Austrália Ocidental se juntou a colegas do Instituto Federal Suíço de Ciência e Tecnologia Aquática (Eawag) para construir um modelo computacional que imita as complexas interações entre fluxo de águas subterrâneas, transporte de solutos e mecanismos de reação geoquímica.
Tais modelos são importantes para analisar observações de campo, desvendar quais processos químicos e físicos desempenham um papel importante e prever o comportamento do arsênio nos aquíferos – onde e quando a poluição poderá ocorrer no futuro.
“Nossa modelagem computacional integra muito do que pesquisadores de campo e de laboratório aprenderam nas últimas duas décadas para entender melhor as fontes e a distribuição de águas subterrâneas poluídas com arsênio”, destaca a Dra. Ilka Wallis, autora principal do novo estudo.
Os pesquisadores usaram um estudo de campo no Vietnã para desenvolver e validar o modelo de computador.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Flinders (em inglês).
Fonte: Universidade Flinders. Imagem: Pixabay.
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