Notícia

Nova “rede de segurança” a serviço da biodiversidade

Conjunto de pesquisadores destaca a necessidade da abordagem múltipla para definir metas atingíveis ​​em 2030 e 2050 em relação à Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica

Pixabay

Fonte

Universidade de Roma "Sapienza"

Data

segunda-feira, 26 outubro 2020 07:05

Áreas

Biodiversidade. Ecologia. Sustentabilidade.

O alarme sobre a proteção da biodiversidade vem de longe e já foi possível fazer um balanço – infelizmente não positivo – sobre os objetivos que a Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica fixou para 2020. O não cumprimento das metas previstas impôs à comunidade científica uma reflexão tendo em vista a Convenção das Partes, prevista para maio de 2021 e que terá a tarefa de definir a Agenda para 2030 e 2050.

Um estudo conduzido por 60 pesquisadores de 27 países foi recentemente publicado na revista Science destacando que é preciso definir metas ambiciosas para a biodiversidade e a sustentabilidade. A equipe, da qual faz parte o Dr. Carlo Rondinini, professor do Departamento de Biologia e Biotecnologia da Universidade de Roma ‘Sapienza’, traçou as bases científicas para redesenhar os objetivos da biodiversidade, a partir de uma análise cuidadosa do que surgiu e circulou até agora em vista do agendamento da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. O trabalho não expressa um julgamento sobre os segmentos individuais que estão sendo traçados e que se tornarão os futuros Objetivos mas estabelece, com base em avaliações científicas, o cenário para equilibrar as ações.

“O ponto de partida é que a própria natureza está conectada em suas partes e devemos levar isso em consideração. Que sentido teria uma meta ambiciosa na proteção de espécies que não levasse em conta a proteção do ecossistema? O esforço que temos feito é justamente estabelecer com um método científico como os objetivos se reforçam ou se enfraquecem, produzindo uma ferramenta concreta ou um conjunto de ferramentas, para os negociadores internacionais que estarão em volta da mesa para definir objetivos futuros”, explicou o Dr. Carlo Rondinini.

O resultado da pesquisa compartilhada é um relatório de avaliação completo, independente, cientificamente fundamentado e sem precedentes, conduzido sob a lente de três considerações principais: há um risco explícito em fixar o contorno e o nível de uma única ação não relacionada às outras; os objetivos devem ser múltiplos, coerentes e assumidos com uma abordagem holística; na definição de cada objetivo, deve-se considerar a exequibilidade, mas ao mesmo tempo não renunciando à ambição, caso contrário não será possível desencadear uma contra-tendência frutífera sobre a questão da biodiversidade em 2050.

“O estudo fornece a base científica para distinguir entre objetivos de baixo e alto impacto e um verdadeiro check list que garante o equilíbrio. Entre outras coisas, ele aponta a restauração direcionada dos ecossistemas, a perda mínima de espécies e a conservação de 90% da diversidade genética como incisiva”, concluiu o professor.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade de Roma ‘Sapienza’ (em italiano).

Fonte: Universidade de Roma ‘Sapienza’. Imagem: Pixabay.

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