Notícia

Método de fotocatálise consegue remover bactérias E. coli da água

Novo método desenvolvido por pesquisadores da Universidae Monash, na Austrália, combina nitreto de carbono grafítico e polietilenimina para aprisionar bactérias usando adesão eletrostática

Pixabay

Fonte

Universidade Monash

Data

terça-feira, 27 outubro 2020 15:15

Áreas

Engenharia Ambiental. Recursos Hídricos. Saúde Pública. Tecnologias.

Engenheiros da Universidade Monash, na Austrália, criaram um novo método para remover bactérias potencialmente mortais, como a E. coli, da água usando nitreto de carbono grafítico e luz solar. A equipe internacional, liderada pelo professor Dr. Xiwang Zhang, do Departamento de Engenharia Química da Universidade Monash, combinou nitreto de carbono grafítico com polietilenimina (PEI) para destruir os patógenos E. coli e Enterococcus faecalis da água em 45 minutos e 60 minutos, respectivamente.

Este novo método de fotocatalisador é de baixo custo e livre de metais, o que evita a poluição secundária de íons metálicos lixiviados durante o processo de filtração. Se for ampliado, este método movido a energia solar pode melhorar significativamente o tratamento de grandes volumes de água. O método também tem potencial para ser integrado à tecnologia atual de desinfecção solar de água em países com acesso limitado à água doce.

Sobre o estudo, publicado na revista científica Applied Catalysis B: Environmental, o professor Zhang disse que integrar seu fotocatalisador à tecnologia de desinfecção solar de água poderia quase garantir uma desinfecção completa e rápida de uma forma mais sustentável. “As doenças infecciosas causadas por patógenos transmitidos pela água ameaçam a saúde das pessoas em todo o mundo”, disse o professor Zhang.

“O nitreto de carbono grafítico ganhou ampla atenção como fotocatalisador isento de metal para desinfecção de água. No entanto, ele tem limites em sua capacidade de remover patógenos completamente usando fotocatálise. O que conseguimos fazer foi fundir nitreto de carbono grafítico com PEI para aumentar as propriedades fotocatalíticas deste material e testá-lo em bactérias transmitidas pela água. Descobrimos que a PEI pode, de fato, ajustar as reações fotoquímicas no nitreto de carbono grafítico e que a PEI carregadao positivamente no nitreto de carbono grafítico pode promover o contato entre o fotocatalisador e as células de bactérias (superfícies carregadas negativamente) por meio de adesão eletrostática, o que pode permitir que espécies reativas de oxigênio matem as células de bactérias presas”, explicou o pesquisador.

Por meio desse processo, sob irradiação de luz solar, a equipe de pesquisa foi capaz de remover 99,99% de E.coli da água em 45 minutos, e a mesma porcentagem de Enterococcus faecalis em 60 minutos.

“Este processo de funcionalização da PEI é simples. Ele pode ser compartilhado com comunidades em todo o mundo [que precisam de água tratada] depois que mais pesquisas forem conduzidas no desenvolvimento de dispositivos de fotocatálise”, concluiu o professor Zhang.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Monash (em inglês).

Fonte: Universidade Monash. Imagem: Pixabay.

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