Notícia

Inteligência artificial pode ajudar a obter informações cada vez mais precisas sobre a qualidade do ar

Pesquisadores desenvolveram uma forma de coletar informações cada vez mais precisas sobre a qualidade do ar em áreas urbanas: descobertas podem beneficiar, por exemplo, o planejamento urbano e reduzir os riscos à saúde associados à poluição do ar

Dr. Martha Arbayani Zaidan

Fonte

Universidade de Helsinque

Data

sábado, 24 outubro 2020 14:30

Áreas

Inteligência Artificial. Qualidade do Ar. Sociedade. Tecnologias.

Pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, desenvolveram uma técnica para obter informações precisas sobre a qualidade do ar usando equipamentos de medição simples e baratos. Graças à nova técnica, sensores de baixo custo podem ser utilizados com um escopo consideravelmente mais amplo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a poluição do ar mata sete milhões de pessoas em todo o mundo todos os anos, razão pela qual a qualidade do ar é monitorada por uma série de meios. Locais de medição fixos fornecem resultados confiáveis, mas as tecnologias usadas são caras.

Ultimamente, têm sido feitas tentativas para desenvolver sensores mais baratos para complementar os locais de medição fixos, que poderiam ser instalados em grande número em todo o mundo. Com sensores baratos, a extensão das informações sobre a qualidade do ar poderia ser consideravelmente aumentada, tanto temporal quanto geograficamente.

“Sensores de baixo custo poderiam ser instalados, por exemplo, em escritórios ou no transporte público. Os indivíduos também podem adquirir esses sensores para medir a qualidade do ar de seus arredores imediatos. As massas de dados acumuladas por meio dos sensores beneficiariam pesquisas voltadas para a saúde da população, planejamento urbano e pesquisa ambiental”, disse o pesquisador Dr. Martha Arbayani Zaidan, do Instituto de Pesquisa do Sistema Atmosférico e Terrestre (INAR) da Universidade de Helsinque.

O problema até agora com sensores de qualidade do ar de baixo custo é que os dados produzidos nem sempre são de qualidade suficientem, resultando na necessidade de comparar e calibrar os números com os das estações fixas. Isso leva tempo e exige investimentos.

Tecnologia avançada para sensores simples

Os pesquisadores da Universidade de Helsinque propõem um novo modelo integrado para medições de qualidade do ar, onde sensores de baixo custo são combinados com soluções tecnológicas, o que faz com que as medições dos sensores comecem a se aproximar da qualidade das medições provenientes de dispositivos fixos.

Essas soluções incluem o ajuste automatizado da precisão da medição por meio de técnicas de Inteligência Artificial (IA) e modelos matemáticos específicos, conhecidos como sensores virtuais.

“Os modelos matemáticos que empregamos permitem, por exemplo, estimar as concentrações de carbono negro no meio ambiente. O carbono negro é um poluente do ar que sensores simples sozinhos geralmente não conseguem medir. No entanto, sua concentração pode ser estimada usando técnicas de IA ”, disse o Dr. Zaidan.

Os resultados so estudo foram publicados na revista científica IEEE Sensors Journal.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Helsinque (em inglês).

Fonte: Aino Pekkarinen, Universidade de Helsinque. Imagem: Dr. Martha Arbayani Zaidan.

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