Notícia

Nova rede de pesquisa busca restringir o papel de aerossóis e nuvens no aquecimento global com inteligência artificial

Fonte

Universidade de Oxford

Data

sábado, 29 junho 2019 15:05

Áreas

Aquecimento Global. Clima. Geociências. Tecnologias. Inteligência Artificial.

O iMIRACLI (da sigla em inglês para “Grupo de Aprendizado de Máquina Inovador para Restringir o Impacto Climático dos Aerossóis e Nuvens”) reunirá os principais cientistas climáticos e de aprendizagem de máquina em toda a Europa com parceiros não acadêmicos, como a Amazon e o MetOffice, para educar e formar uma nova geração de cientistas de dados climáticos.

O projeto terá início em 2020, começando com uma escola de verão na Universidade Oxford, no Reino Unido. Serão financiados 15 estudantes de doutoramento em toda a Europa, com três deles supervisionados diretamente na Universidade Oxford. A Universidade terá a liderança geral do projeto e o Dr. Philip Stier, Professor de Física Atmosférica na Universidade de Oxford, será o principal responsável.

Cada estudante terá um orientador de ciências climáticas e de aprendizado de máquina, além de um consultor industrial. Embora haja agora uma aceitação geral de que as Mudanças Climáticas estão sendo influenciadas pela atividade humana, com acordos históricos como o acordo de Paris visando manter a elevação da temperatura média global abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, a compreensão das mudanças climáticas em nível quantitativo ainda é sujeita a grandes incertezas. Isto é em grande parte devido ao papel incerto das nuvens no sistema climático.

É essa compreensão quantitativa do papel das nuvens na mudança climática que o consórcio de nove universidades abordará com um inovador programa de estudos que proporciona a cada doutorando co-orientação e supervisão de um cientista de dados do clima.

O Aprendizado de Máquina, sustentado pela Inteligência Artificial, passou por rápidos avanços nos últimos anos e oferece novas ferramentas para estudar, analisar e aprender a partir da massa de dados que estão sendo coletados. Satélites modernos e novos instrumentos fornecem dados observacionais sem precedentes que, juntamente com as técnicas de Aprendizado de Máquina, podem permitir o acoplamento de previsões e observações do mundo real.

O professor Philip Stier afirmou: “O Aprendizado de Máquina tem o potencial de desbloquear a compreensão em profundidade única do sistema climático de vastos conjuntos de dados climáticos. No entanto, isso requer uma nova geração de especialistas com conhecimento substancial do clima e da ciência de dados. Vamos formar uma nova geração de cientistas de dados climáticos, com uma base sólida em ciência climática e competência nas mais recentes técnicas de Aprendizado de Máquina”.

Além da Universidade de Oxford, a nova rede inclui a Universidade de Leipzig (Alemanha), a Universidade de Estocolmo (Suécia), o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH, na Suíça), a Universidade de Edimburgo (Reino Unido), a Universidade de Valência (Espanha), a Universidade College London (Reino Unido), o Centro Alemão Aeroespacial (DLR, Alemanha), a Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça) e a Universidade de Jena (Alemanha), além de parceiros não acadêmicos como a Amazon, Instituto Alan Turing, MetOffice, Iris.ai, GAF AG e FastOpt.

Acesse a notícia na página da Universidade de Oxford (em inglês).

Fonte: Universidade de Oxford. Imagem: Divulgação, Observatório NASA.