Notícia
Novo método de análise do solo é mais econômico e ecologicamente correto
Desenvolvido em parceira entre UFG e Embrapa, o procedimento descarta utilização de reagentes químicos tóxicos e é mais acessível ao produtor rural
Divulgação, UFG
Fonte
UFG | Universidade Federal de Goiás
Data
sábado, 29 junho 2019 18:20
Áreas
Agroecologia. Geociências. Química Verde.
Estudo desenvolvido durante doutoramento nos Institutos de Química e Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG) apresentou uma nova metodologia de análise de solos ambientalmente amigável e menos onerosa. O procedimento utiliza imagens digitais obtidas por um scanner comercial de mesa para determinar a matéria orgânica e a textura do solo, dois componentes importantes para a avaliação da fertilidade da superfície do terreno. O novo método de análise pode ser incluído à concepção da Química Verde, já que elimina do processo o uso e a geração de substâncias nocivas ao meio ambiente.
De acordo com o orientador da pesquisa, professor Dr. Anselmo de Oliveira, as técnicas usualmente utilizadas “são laboriosas, de alto custo e utilizam reagentes químicos tóxicos”. O processo desenvolvido pela UFG em parceria com a Embrapa permite avaliar a qualidade física e biológica do solo por imagens digitais e sem reagentes químicos, o que, segundo o professor, “promove um ambiente de trabalho seguro, além de contribuir com o meio ambiente”.
Conforme explica o pesquisador responsável pelo estudo, Pedro Augusto de Oliveira Morais, o solo é coletado, seco e moído de forma similar ao procedimento executado por análises tradicionais. Entretanto, o material é avaliado por métodos combinados de visão computacional e quimiometria, que permitem quantificar tanto os teores de matéria orgânica quanto a textura do solo. “A alternativa é bastante econômica. Emprega um equipamento barato e deixa o custo da análise inferior aos outros métodos utilizados, além de não precisar utilizar nenhum tipo de reagente químico”, afirma.
Tecnologia acessível
As informações geradas pela análise das propriedades químicas do solo orientam produtores rurais sobre quais medidas devem ser aplicadas no campo para a adequada produção agropecuária. Geralmente, são realizadas em laboratórios especializados com custo moderado. Os resultados da pesquisa da UFG, segundo o professor Anselmo de Oliveira, podem contribuir para que as análises de solo sejam mais acessíveis aos produtores rurais.
“O estudo disponibiliza uma forma rápida e barata de monitoramento do solo, visando a produtividade do campo”, afirma. Os resultados da pesquisa, segundo o professor, podem, ainda, contribuir para o aprimoramento e desenvolvimento de novos métodos ambientalmente amigáveis capazes de serem utilizados diretamente no campo.
Acesse a notícia na página da UFG.
Fonte: Carolina Melo, UFG. Imagem: Divulgação, UFG.
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