Notícia

Ferramenta para quebra do coco babaçu está em etapa final de validação

A ferramenta é uma tecnologia social, desenvolvida em interação com a comunidade

Canal Ambiental, Rede T4H

Fonte

Portal Confap

Data

quinta-feira, 27 junho 2019 10:50

Áreas

População Tradicional, SAFs, Sustentabilidade, Tecnologias.

Ser quebradeira de coco é um desafio diário e constante. Acessar as palmeiras, catar o coco, quebrá-lo, tirar a amêndoa, extrair seus componentes para fazer os variados subprodutos e vender a produção são lidas diárias que elas enfrentam para o sustento da família. Além disso, ainda precisam convencer os maridos, os fazendeiros, a comunidade e a sociedade de que todo esse esforço vale a pena, não só para a sobrevivência de suas famílias, mas também para o mercado, os consumidores e o meio ambiente.

Buscando facilitar o trabalho dessas mulheres, o pesquisador da Embrapa Cocais José Mário Frazão e o engenheiro Ivanildo Madeira Albuquerque criaram um protótipo de uma ferramenta individual para quebra do coco com acionamento manual e boa capacidade de extração da amêndoa. Os recursos para a invenção vieram da Fundação de Amparo e Desenvolvimento Científico do Maranhão – Fapema e do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), por meio do Projeto Bem Diverso, fruto da parceria entre Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A ferramenta é uma tecnologia social, ou seja, desenvolvida em interação com a comunidade, representando efetiva solução inovadora para resolver problemas sociais. O protótipo é resultado dessa criação conjunta entre inventores e quebradeiras. “Juntos, fizemos adaptações de acordo com as necessidades e contribuições das quebradeiras de coco. O resultado foi uma ferramenta ergométrica que propicia que a extração da amêndoa seja feita com a pessoa sentada em uma cadeira, sem uso do facão e com uma força menor que a empregada anteriormente para quebrar o coco”, explicou Frazão. O pesquisador lembrou que durante uma edição do Babaçutec, evento da Embrapa Cocais que discute temas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I) para a cadeia de valor do babaçu, e em oficinas regionais realizadas com agroextrativistas obteve-se das quebradeiras a demanda para desenvolver equipamento de uso individual, mecanizado e acionado manualmente.

O engenheiro Ivanildo Madeira Albuquerque ressaltou os benefícios da ferramenta para as quebradeiras de coco. “Pensamos em um modelo para melhorar as condições de trabalho e de vida das mulheres, que garantisse mais proteção à saúde delas. Fizemos muitos protótipos até chegarmos nesse protótipo atual, que reduz o emprego da força na quebra do coco, pois tem mais potência no corte, que é acionado via alavanca. Acredito que o produto tenha potencial de deixar um legado bastante positivo para o extrativismo do coco babaçu”.

 

Acesse a notícia completa na página da Confap e da Embrapa Cocais.

Fonte: Confap e Embrapa Cocais / Comunicação Fapema. Imagem: Canal Ambiental.

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