Notícia

Mudança climática é capaz de amplificar as ondas de calor no continente antártico

Estudo conclui que a probabilidade de ocorrer uma onda de calor semelhante à registrada em 2020 aumentou dez vezes desde o período 1950-1984

Divulgação

Fonte

Universidade de Barcelona

Data

sábado, 28 maio 2022 12:30

Áreas

Ciência Ambiental. Clima. Geociências. Monitoramento Ambiental. Mudanças Climáticas. Oceanografia.

Cientistas do Grupo Antártico da Agência Meteorológica do Estado —vinculado ao Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico (MITECO) da Espanha— e da Universidade de Barcelona, ​​​​do Instituto de Geociências CSIC todos da Espanha – e da Universidade de Lisboa, em Portugal, acabam de publicar o resultados de um estudo recente cuja principal conclusão confirma, pela primeira vez, que a mudança climática é capaz de amplificar uma onda de calor no continente antártico.

Mais especificamente, o trabalho conclui que a probabilidade de ocorrer uma onda de calor semelhante à registrada em 2020 aumentou dez vezes desde o período 1950-1984, em grande parte como resultado das mudanças climáticas.

Publicado na revista científica Communications Earth & Environment, o artigo baseia-se no estudo de uma das ondas de calor mais intensas registadas na Península Antártica: a que ocorreu entre 6 e 11 de fevereiro de 2020.

Ondas de calor 25% mais intensas

Fevereiro de 2020 foi anormalmente quente na Península Antártica. A onda de calor que ocorreu entre os dias 6 e 11 foi uma das mais intensas das registradas na região: apresentou-se com anomalias de temperatura média superiores a 4,5 oC e deixou recorde de temperatura na península em 6 de fevereiro de 2020, com um recorde de 18,3 oC na base Esperanza.

Para quantificar o papel das mudanças climáticas na magnitude dessa onda de calor regional de seis dias, os pesquisadores estudaram eventos semelhantes em períodos passados ​​(1950-1984) e recentes (1985-2019). Os resultados mostraram que as ondas de calor semelhantes a 2020 na Península Antártica estão agora pelo menos cerca de 0,4°C mais quentes do que no período anterior, representando um aumento de 25% na intensidade. Também foi observado que a probabilidade de ocorrência de anomalias médias regionais de 6 dias acima de cerca de 2°C aumentou dez vezes desde 1950-1984. As mudanças na circulação atmosférica experimentadas recentemente na área não são capazes de explicar o aumento da temperatura durante este evento e por isso o estudo conclui atribuindo responsabilidades a fatores antropogênicos, ou seja, às mudanças climáticas.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Barcelona (em espanhol).

Fonte: Universidade de Barcelona. Imagem: Paisagem antártica na área de estudo. Fonte: Divulgação.

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