Notícia

Melhoramento genético amplia fronteiras do etanol de segunda geração

Tecnologia desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Biologia da Unicamp regula a expressão de genes

Pixabay

Fonte

Jornal da Unicamp

Data

segunda-feira, 22 julho 2019 10:15

Áreas

Biotecnologia. Energia. Gestão Ambiental. Sustentabilidade. Tecnologias.

O Brasil vai passar a produzir entre 47 bilhões e 50 bilhões de litros de etanol por safra até 2028. Um aumento de cerca de 50%, frente aos 33 bilhões produzidos atualmente. A previsão é da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que credita o crescimento ao RenovaBio, política nacional de estímulo à adoção de biocombustíveis, voltada para o cumprimento dos compromissos de redução de emissão de gases de carbono no âmbito do Acordo de Paris.

Para atender a esta previsão, a evolução da política pública de estímulo aos combustíveis renováveis não deixa de ser acompanhada do desenvolvimento continuado, nas Instituições de Ciência e Tecnologia Nacionais (ICTs), de tecnologias voltadas para a melhoria genética da cana-de-açúcar. Na Unicamp, este é objeto de estudo de um grupo de pesquisa liderado pelo professor Dr. Gonçalo Pereira, do Instituto de Biologia (IB). Entre os resultados obtidos pelo grupo está um know-how sobre uma série de promotores genéticos, região do DNA que inicia a transcrição de um determinado gene para determinar precisamente como e em que área da planta, especialmente nas variedades de cana-de-açúcar, ele deve se expressar para atingir algum tipo de melhoramento genético. Segundo o docente, isso é possível porque, com a expressão correta desses genes nos locais desejados, a planta pode se fortalecer contra pragas e doenças, além de outras tantas melhorias genéticas que se desejar como o aumento de produção de açúcar.

Com o potencial biotecnológico em permitir a expressão de determinados genes de cana em tecidos de interesse, bem como determinar o melhor momento para que essa expressão aconteça que a BioCelere, Centro de Pesquisas em Biologia Sintética da GranBio, licenciou a tecnologia, justifica Angela Drezza, especialista em propriedade intelectual da GranBio, ao complementar que é de interesse da empresa desenvolver novas variedades de cana-de-açúcar para produção de biocombustível, em especial, o etanol de segunda geração (cuja matéria-prima é a variedade cana energia), bioquímicos e outros produtos renováveis da forma mais sustentável possível.

No momento, a tecnologia está em fase de validação e não há data prevista para o início da comercialização. No entanto, Drezza adianta que já obtiveram resultados promissores nos testes para induzir a expressão dos genes em variedades da cana, otimizando o desenvolvimento com mais agilidade: “Isso é importante porque, no desenvolvimento de variedades vegetais, o tempo de cada safra é muito relevante. Assim, a expressão de determinados genes de interesse no momento mais conveniente, possibilita acelerar etapas de desenvolvimento da variedade vegetal, permitindo um ganho de competitividade para a empresa”.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da Unicamp.

Fonte: Kátia Kishi, INOVA. Imagem: Pixabay.

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