Notícia

Aerogéis “limpos” desenvolvidos em Coimbra prontos para entrar no mercado

Os novos aerogéis vão incrementar a aplicação deste tipo de material na indústria, onde a liberação de partículas e pó é crítica devido ao risco de contaminação

Divulgação, Active Aerogels

Fonte

Universidade de Coimbra

Data

terça-feira, 23 julho 2019 08:00

Áreas

Construção Civil, Geociências, Inovação, Sustentabilidade.

Os aerogéis de sílica puros, devido à sua estrutura, são excelentes isolantes térmicos, mas a liberação de uma grande quantidade de partículas durante o seu manuseio condiciona a aplicação na indústria, especialmente nos setores aeroespacial e de construção civil. Um problema que tem os dias contados graças a uma pesquisa desenvolvida por uma equipe do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em Portugal,  e da Active Aerogels, empresa que se dedica ao desenvolvimento de produtos inovadores para isolamento térmico, baseados em aerogéis.

Após dois anos de estudo, desenvolvimento e testes de novas formulações que permitissem resolver o problema da liberação de partículas e pó sem comprometer as propriedades únicas que fazem dos aerogéis excelentes isolantes térmicos (leveza, baixa condutividade térmica e versatilidade), o primeiro aerogel “limpo” produzido pelos pesquisadores da FCTUC e Active Aerogels está pronto para entrar no mercado.

“É o resultado de um projeto muito complexo, que passou por várias fases. Primeiro, a partir de aerogéis puros de sílica, introduzimos e testamos novos compostos, através de processos de tecnologia química. Numa segunda fase, encontrada a fórmula adequada para impedir a libertação de partículas, mas sem prejudicar as propriedades dos atuais aerogéis, seguiram-se múltiplas experiências, primeiro em laboratório, em escala muito reduzida”, relata Rafael Torres, pesquisador do projeto que, na FCTUC, é coordenado pela especialista em aerogéis, Dra. Luísa Durães.

Com os testes em laboratório, que se revelaram promissores, os pesquisadores avançaram para testes em escalas maiores. O que aumentou a complexidade do projeto, pois “à medida que aumenta a dimensão do produto, diminui a capacidade de manter o sistema homogêneo, sendo as propriedades do produto deterioradas. Tivemos que garantir que tais propriedades – densidade e condutividade, assim como propriedades mecânicas – se mantivessem no produto final independentemente da escala em que ele é produzido’, explicou Rafael Torres.

Ultrapassados todos os obstáculos, os novos aerogéis vão permitir incrementar a aplicação deste tipo de material na indústria, particularmente na indústria aeroespacial, onde a liberação de partículas e pó é crítica devido ao risco de contaminação. O projeto foi financiado, em mais de 700 mil euros, por fundos da União Europeia (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), Portugal 2020 e Centro 2020.

Acesse a notícia na página da Universidade de Coimbra.

Fonte: Cristina Pinto, FCTUC. Imagem: Cristina Pinto, divulgação.

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