Notícia

Estudo mostra que é possível transformar resíduos de suco em pó em óxido de grafeno

Solução é alternativa para empresas geradoras do resíduo, agregando valor tecnológico às cadeias produtivas

Divulgação, UFRN

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

sábado, 28 novembro 2020 10:50

Áreas

Gestão de Resíduos. Sustentabilidade.

Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Peneiras Moleculares (LABPEMOL), do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mostra que é possível transformar resíduos de suco em pó em óxido de grafeno, material que tem atraído cientistas e a indústria da tecnologia por suas características promissoras e variadas possibilidades de uso. A pesquisa foi uma das selecionadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em concorrência nacional.

O projeto, intitulado Síntese eco-friendly de óxido de grafeno reduzido, demonstra um processo sustentável para obtenção do componente. Os pesquisadores desenvolveram a síntese do grafeno utilizando sobras do suco em pó, que são dispensadas durante o procedimento de embalagem do produto nas fábricas. Dessa forma, o estudo garante o reaproveitamento do material, que não teria mais utilidade no processo industrial.

O grafeno é, atualmente, uma tecnologia amplamente aplicada em diversas áreas, e que tem como gargalo o seu alto custo financeiro de produção. “Pensando em fazer a diferença, chegamos à proposta do processo para produção eco-friendly de óxido de grafeno reduzido, originado de um projeto que visava a reinserção de resíduos industriais no mercado através da produção de novos materiais.”, explicou a professora Dra. Sibele Pergher, coordenadora do projeto e atual pró-reitora de pesquisa da UFRN.

Para o desenvolvimento do trabalho, a UFRN conta com parceria com a empresa BQMil, de Mossoró, no RN, que disponibilizou os resíduos a serem utilizados na pesquisa, oriundos da indústria alimentícia. Essa cooperação proporciona a viabilidade do estudo e vislumbra a aplicação prática dos resultados.

O pesquisador Eduardo Rigoti, doutor em Ciência e Engenharia de Materiais, explica que, com os resultados, é possível criar uma alternativa para a empresa geradora do resíduo, agregando valor tecnológico às cadeias produtivas. Para se ter ideia, somente nessa empresa onde os pesquisadores atuaram, 20 toneladas de resíduos são geradas por semana.

Thais Freire, mestranda em Ciências Farmacêuticas e integrante da equipe de pesquisadores, ressalta a relevância da sustentabilidade associada aos resultados da pesquisa: “o óxido de grafeno é, hoje, um dos materiais mais promissores para se obter o grafeno em nível de escala industrial para aplicação tecnológica. Atualmente, no Brasil, já existem plantas-piloto de produção de grafeno que estão localizadas na região centro e sudeste do país. Portanto, a existência de uma proposta de produção amigável ao meio ambiente, e de possibilidade de scale up, é de extrema importância”.

De acordo com a pró-reitora Sibele Pergher, o estudo está na fase de finalização da patente para depósito.

Acesse a notícia completa na página da UFRN.

Fonte: Jamille Nogueira, UFRN. Imagem: Divulgação, UFRN.

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