Notícia

Dióxido de carbono atmosférico poderá ser usado na fabricação de grafeno e nanotubos de carbono

Novo estudo demonstra processo de fabricação que transforma dióxido de carbono em produtos de carbono, como o grafeno, usado em baterias de carros elétricos

Divulgação

Fonte

Universidade Tecnológica Lappeenranta

Data

quarta-feira, 5 fevereiro 2020 17:00

Áreas

Energia. Engenharia Ambiental. Qualidade do Ar. Tecnologias.

O carvão fóssil não estará disponível como matéria-prima em longo prazo. No entanto, o dióxido de carbono na atmosfera é um material valioso que pode, com eletricidade livre de emissões e novas tecnologias, ser transformado em vários produtos para substituir as matérias-primas fósseis.

A Universidade Tecnológica Lappeenranta (LUT), na Finlândia, tem uma longa história em pesquisas sobre, por exemplo, a produção de combustíveis sintéticos e proteínas alimentares a partir do dióxido de carbono capturado no ar. O novo projeto de pesquisa Neo-Carbon Materials, financiado pela Fundação Centenária das Indústrias de Tecnologia da Finlândia e Fundação Jane e Aatos Erkko, é uma continuação dos projetos de pesquisa Neo-Carbon Energy e Neo Carbon Food.

“Na redução das emissões de dióxido de carbono, a chave é capturar o dióxido de carbono do ar, da água do mar ou dos gases de combustão e transformá-lo em produtos duradouros que também funcionam como sumidouros de carbono. Nosso novo estudo continua apoiando a transição para um sociedade de zero emissões “, explica o Dr. Tuomas Koiranen, professor de engenharia de sistemas de processos químicos da LUT.

O projeto de pesquisa é abordado por equipes de especialistas chefiadas pelo Dr. Koiranen e pelo Dr. Jero Ahola, professor de eficiência energética em sistemas elétricos. As equipes estão estudando a fabricação de grafeno, carvão amorfo e nanotubos de carbono. O grafeno, por exemplo, é usado como componente nas baterias de carros elétricos, e o carvão amorfo é empregado na purificação de águas residuais. Nanotubos de carbono são uma matéria-prima emergente na indústria de baterias.

“As diferentes formas de carbono são difíceis de gerenciar e, obviamente, não saberemos de antemão como serão todos os processos de fabricação. No entanto, todas as estruturas de carbono que estamos estudando são materiais valiosos que [já] possuem [seus] mercados”, afirmou o Dr.  Koiranen.

A fabricação contínua gira em torno da redução eletrolítica a alta temperatura, com sal de lítio como eletrólito. A tecnologia é compatível com um sistema de energia com zero emissões (líquida) e sua aplicação não gera problemas envolvendo o uso da terra ou da água. Esta área temática tem atraído interesse internacional de pesquisa.

“No nível de células eletrolíticas individuais, os resultados já foram alcançados. No entanto, pelo nosso conhecimento, pilhas eletrolíticas inteiras ou processos contínuos ainda precisam ser desenvolvidos. Se formos capazes de criar um processo de fabricação econômico e com carbono ‘negativo’ para um ou mais dos materiais que estamos estudando, acreditamos que haverá demanda industrial por esses processos”, concluiu o pesquisador.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Tecnológica Lappeenranta (em inglês).

Fonte: Universidade Tecnológica Lappeenranta. Imagem: Divulgação.

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