Notícia

Biorrefinaria converterá biomassas renováveis em intermediários químicos verdes

Tecnologia desenvolvida pelo BioativosGroup está programada para processar mais de 20 tipos de biomassas a partir de 2020

Divulgação

Fonte

FAPESP | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

Data

terça-feira, 23 julho 2019 14:00

Áreas

Biotecnologia. Gestão Ambiental. Sustentabilidade. Tecnologias.

Uma ideia inovadora, relacionada ao cultivo de microalgas para extração de bioprodutos de alto valor agregado para as indústrias – cuja viabilidade foi testada com o apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP –, cresceu incubada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec/USP/Ipen), encontrou um nicho importante do mercado.

Em menos de cinco ano, deu origem a uma minibiorrefinaria 360 graus. E, nessa trajetória, foi uma das 14 startups selecionadas no mundo para participar de um evento na ONU.

Hoje, a Bioativos Naturais (com o nome fantasia de BioativosGroup) está instalada em uma área de mil metros quadrados na cidade de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, que também abriga o seu centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O laboratório possui equipamentos desenvolvidos pela empresa para otimizar e testar a viabilidade dos projetos e, no mesmo local, está implantando a unidade fabril que, ainda em 2020, disponibilizará no mercado os seus primeiros bioprodutos voltados à bioeconomia.

A ideia inicial, de otimizar o crescimento de microalgas, em meio de baixo custo e que atendesse as indústrias farmacêuticas, com o objetivo de obter biomassa a ser utilizada como matéria-prima para extração de bioprodutos, evolouiu alinhada aos conceitos da Nova Bioeconomia Global, afirma o químico Luiz Fernando Mendes, um dos sócios-fundadores da empresa. A proposta, ele explica, é oferecer às indústrias químicas e alimentícias bioprodutos de alta qualidade seguros à saúde humana e animal, produzidos por meio de processos industriais verdes, sustentáveis e, preferencialmente, sem nenhuma disposição de resíduos no meio ambiente.

“A BioativosGroup quer ser a primeira biorrefinaria holística da América Latina, utilizando as tecnologias de fluidos sub e supercríticos integrados para a conversão integral das biomassas renováveis, entre elas as microalgas, em intermediários químicos verdes”, resume Mendes.

O cultivo de algas é realizado em meios artificiais de baixo custo desenvolvidos pela BioativosGroup. Ao longo do processo industrial, as algas consomem parte do CO2 e, ao mesmo tempo, produzem grande quantidade de biomassa para a extração de bioprodutos de interesse comercial, como ácidos graxos, carotenoides, proteínas, aminoácidos e carboidratos.

A tecnologia desenvolvida pelo grupo está programada para receber mais de 20 tipos de biomassa a partir de 2020, de alga à camomila, passando pelo bagaço da cana. Também podem ser usados no início do processo, como matéria-prima, o cravo, o café verde, a cebola, entre outros.

A biomassa é processada com fluidos pressurizados perto do ponto crítico. O gás carbônico, a água ou um outro líquido, como o etanol, que também é submetido a alta pressão, podem ser usados dentro da minibiorrefinaria.

Acesse a notícia completa na página da FAPESP.

Fonte: Eduardo Geraque,  Pesquisa para Inovação. Imagem: Divulgação.

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