Destaque

Nova tecnologia de mapeamento pode ajudar a descobrir recursos naturais

Fonte

Universidade de Twente

Data

segunda-feira, 13 junho 2022 13:55

O geofísico Dr. Juan Carlos Afonso, professor da Universidade de Twente, nos Países Baixos, é um dos cientistas que tentam entender a estrutura da Terra. Recentemente, ele desenvolveu um novo método para analisar a crosta continental da Terra, que estabelece as bases para prever fontes de energia geotérmica, mas também outros recursos críticos. A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Geoscience.

Para minimizar o impacto dos desastres naturais e apoiar a transição para tecnologias de energia verde, é fundamental entender como funciona a litosfera continental – a parte externa da Terra – e prever a localização da energia geotérmica e dos recursos minerais. Normalmente, os geocientistas observam um aspecto da crosta terrestre de cada vez usando conjuntos de dados específicos. Mas é tanto a estrutura química da crosta quanto as pequenas diferenças de temperatura que informam os geocientistas sobre a origem e evolução do planeta e sobre a localização dos recursos naturais. A combinação de vários conjuntos de dados para essa finalidade, no entanto, continua sendo um grande desafio.

Métodos

Em sua pesquisa, o professor Juan Afonso conseguiu combinar formalmente vários conjuntos de dados de satélite com conjuntos de dados terrestres para observar melhor a Terra do que era possível anteriormente. “É uma forma completamente nova de ‘ver’ o que está lá embaixo”, disse o professor Afonso. Anteriormente, a única abordagem confiável para a exploração de recursos profundos era a análise de amostras de rochas trazidas à superfície por vulcões (conhecidos como ‘xenólitos’). “Quando você depende de vulcões, pode imaginar que essas amostras são difíceis de encontrar. Elas estão espalhados no espaço e no tempo e ainda têm grandes incertezas”, explicou o pesquisador.

Mapeamento na África

A equipa de pesquisa concentrou-se na África Central e Meridional. Os crátons Kalahari, Tanzânia e Congo – partes antigas e estáveis ​​das duas camadas superiores da Terra – na área se mostraram úteis. “A África Central e Meridional é um laboratório natural que nos ajuda a responder a questões fundamentais sobre a formação de crátons. Existem muitos conjuntos de dados sobre os xenólitos necessários que nos ajudaram a provar o nosso método”, explicou o professor Juan Afonso.

Próximo desafio

“Este estudo demonstrou que nosso método de combinar conjuntos de dados terrestres e de satélite funciona. Agora podemos estender a pesquisa para regiões onde não há xenólitos disponíveis”, disse o professor. Segundo os pesquisadores, essa abordagem contribui para o desenvolvimento dos modelos planetários de próxima geração e apoia o desenvolvimento de tecnologias mais limpas, estabelecendo as bases para estruturas inovadoras de exploração de recursos para a Terra ou outros planetas.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Twente (em inglês).

Fonte: Kees Wesselink, Universidade de Twente.

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