Cidades & Soluções
Cidades Inteligentes: Natal uma Smart City
Divulgação
Objetivo(s)
O conceito de Smart Cities, ou cidades inteligentes é delineado pelo uso da tecnologia para melhorar a infraestrutura urbana e tornar os centros urbanos mais eficientes e melhores de se viver.
Projeto
Ser um Smart City significa utilizar a tecnologia para solucionar problemas nos grandes centros urbanos. Estes espaços, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), concentrarão, até o final da próxima década, 70% da população mundial. Esse percentual atualmente já ultrapassa 50%. Há dois séculos, apenas Londres, Tóquio e Pequim tinham mais de um milhão de habitantes. Hoje são mais de quatro centenas de cidades que batem os sete dígitos de população.
O conceito de smart cities, ou cidades inteligentes, surge a partir desta perspectiva e é delineado pelo uso da tecnologia para melhorar a infraestrutura urbana e tornar os centros urbanos mais eficientes e melhores de se viver. A ideia ganhou força nos últimos cinco anos.
Exemplos de uso facilitado da tecnologia são o Uber e Waze, capazes de facilitar a locomoção; outro é o aplicativo Observatório da Dengue, desenvolvido no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) e que ajuda a catalogar pontos na cidade que possuam foco do mosquito Aedes aegypti. Ainda no setor público, a União Europeia lançou, em 2007, um programa de incentivo para que 70 cidades médias pré-selecionadas invistam em inovações.
Em uma perspectiva similar, a UFRN desenvolve o projeto Smart Campus, criado para desenvolver soluções tecnológicas que transformem as unidades da UFRN em campi inteligentes, com territórios caracterizados pela alta capacidade de aprendizado e inovação, e cujo start do projeto ocorreu com o lançamento do aplicativo Campus Seguro, ferramenta criada para garantir maior rapidez, qualidade e melhor planejamento no atendimento da segurança.
Não parou aí. Dois aplicativos voltados para a sustentabilidade, com ênfase na eficiência energética, saíram do forno. Um deles fará o controle automático dos aparelhos de ar condicionado da universidade, enquanto que o outro vai monitorar o uso da energia elétrica em todas as unidades. Falando disso em algumas oportunidades, a reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, salientou que as três iniciativas potencializam a congruência das ações da Universidade com as políticas públicas em saúde, educação e segurança.
Natal, inclusive, deu o passo inicial para vir a ser um modelo de smart city. A partir de uma parceria entre a UFRN e a Prefeitura Municipal, a cidade já integra a Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas. No primeiro semestre de 2017, o português radicado na Finlândia e criador do conceito de Cidade Inteligente, Álvaro de Oliveira, da Universidade Aalto Helsinki e professor convidado da UFRN, participou em Natal da V Semana de C&T, no painel Cidades Inteligentes, Humanas, Inovadoras e Sustentáveis. Em 2018, integrando a programação alusiva aos 60 anos da criação da UFRN, Natal receberá a edição anual do Campus Party, evento de Internet mais importante do mundo nas áreas de inovação, criatividade, ciência, empreendedorismo e entretenimento digital.
Os fatos narrados no parágrafo anterior corroboram com a ideia defendida por Álvaro de Oliveira, coordenador também da Rede de Human Smart Cities e presidente emérito da Rede Europeia de Living Labs (EnoLL). Ele sustenta que para viabilizar o projeto de um ambiente social inteligente é imprescindível a integração da Universidade, que faz a pesquisa; as empresas, que aplicam; a administração pública, que regula; um financiador do processo; e os usuários cidadãos.
Essa intersecção tem nome: Hélice Tríplice, conceito desenvolvido por Henry Etzkowitz e Loet Leydesdorff, baseado na perspectiva defendida por Álvaro de Oliveira. Nela, a Universidade surge como indutora destas relações e a inovação é compreendida como resultante de um processo complexo e dinâmico de experiências nas relações entre ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento nas universidades, nas empresas e nos governos, em uma espiral de “transições sem fim”.
A característica distintiva da Universidade Inteligente, neste contexto, é o potencial de criatividade de sua população e da possibilidade de geração de conhecimento, com uma infraestrutura digital para comunicação e gestão do conhecimento.
Instituições Envolvidas
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