Cidades & Soluções

A necessidade de repensar o valor da água

Pixabay

Fonte

Universidade de Oxford

Data

25 novembro 2017

Objetivo(s)

O objetivo da pesquisa é mostrar por que devemos repensar o valor da água, e como fazer isso, alavancando a tecnologia, a ciência e os incentivos para vencer obstáculos de governança.

Projeto

O valor da água para as pessoas, meio ambiente, indústria e agricultura tem sido reconhecido há muito tempo, até porque a obtenção de água potável gerenciada com segurança é essencial para a vida humana. A escala do investimento em água potável e saneamento é significativa, com estimativas em torno de 114 bilhões de dólares por ano, apenas em termos de custos de capital.

Mas há uma necessidade crescente de repensar o valor da água por dois motivos principais:

  • A água não serve apenas para a manutenção da vida, ela desempenha um papel vital no desenvolvimento sustentável. O valor da água é evidente em todos os 17 “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” das Nações Unidas, desde a mitigação da pobreza e o fim da fome, cuja conexão é reconhecida há muito tempo – mas também para cidades sustentáveis, paz e justiça, onde os impactos complexos da água estão sendo plenamente apreciados ultimamente.
  • A segurança da água é uma preocupação global crescente. Os impactos negativos da escassez de água, inundações e poluição colocaram os riscos relacionados com a água entre as cinco principais ameaças globais do Fórum Econômico Mundial por vários anos consecutivos. Em 2015, uma pesquisa liderada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, sobre a segurança da água quantificou as perdas esperadas pela escassez de água, abastecimento de água e saneamento inadequados e inundações em aproximadamente 500 bilhões de dólares por ano. No mês passado, o Banco Mundial demonstrou as consequências da escassez de água: o custo de uma seca nas cidades é quatro vezes maior do que uma inundação; uma única seca na África pode trazer pobreza e privação a várias gerações.

Reconhecendo essas tendências, há uma oportunidade urgente e global de repensar o valor da água, com o Painel de Alto Nível da ONU / Banco Mundial sobre Água, lançando uma nova iniciativa sobre Valorização da Água no início deste ano. O crescente consenso é que a valorização da água vai além de seu valor monetário. Para melhor direcionar políticas e investimentos futuros, precisamos considerar a valorização da água como um desafio de governança.

Publicado na revista científica Science, o estudo foi conduzido por uma equipe internacional (liderada pela Universidade de Oxford) e apresenta um novo quadro para avaliar a água para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Colocar um valor monetário na água e capturar os benefícios culturais da água são apenas um passo em direção a esse objetivo. Os pesquisadores sugerem que avaliar e gerenciar a água requer ação paralela e coordenada em quatro prioridades: medição, avaliação, comprometimento e participação de instituições capazes de alocar e financiar a água.

O Dr. Dustin Garrick, da Universidade de Oxford, explica: “Nosso artigo responde a um chamado global à ação: os impactos negativos em cascata da escassez e serviços inadequados ressaltam a necessidade de valorizar cada vez mais a água. Não pode haver balas de prata, mas há passos claros a seguir. Argumentamos que a valorização da água é fundamentalmente sobre a busca de “trade-offs”. O objetivo da nossa pesquisa é mostrar por que devemos repensar o valor da água, e como fazer isso, alavancando a tecnologia, a ciência e os incentivos para vencer obstáculos de governança. Valorizar a água requer que avaliemos as instituições.

O economista Dr. Richard Damania, co-autor da pesquisa, disse: “Mostramos que a água sustenta o desenvolvimento e que devemos gerenciá-lo de forma sustentável. Várias políticas serão necessárias para múltiplos objetivos. As políticas atuais de gerenciamento de água são desatualizadas e inadequadas para enfrentar os desafios relacionados à água do século XXI. Sem políticas para alocar recursos finitos de água de forma mais eficiente, controlar a crescente demanda de água e reduzir o desperdício, o estresse hídrico irá intensificar-se onde a água já é escassa e se espalhar para outras regiões do mundo – com impactos no crescimento econômico e no desenvolvimento das nações.

Fonte: Christopher Mcintyre, Blog de Ciência da Universidade de Oxford. Imagem: Pixabay.

Instituições Envolvidas

Universidade de Oxford

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