Notícia

UFSCar produz canudos biodegradáveis a base de amido da mandioca

O amido – polímero natural de origem vegetal – já vem sendo usado há algum tempo como matéria-prima abundante, de fonte renovável e baixo custo para a produção de polímeros ambientalmente mais adequados

Divulgação

Fonte

UFSCar | Universidade Federal de São Carlos

Data

quinta-feira, 24 outubro 2019 11:05

Áreas

Biotecnologia, Gestão Ambiental, Sustentabilidade, Tecnologias.

Felizmente, hoje é cada vez mais conhecido o impacto da produção e do uso elevados e do descarte incorreto de materiais plásticos sobre o ambiente – muito especialmente sobre a vida nos oceanos – e, consequentemente, também sobre a saúde humana. Essa conscientização é um passo importante no combate ao problema, mas muitos outros desafios ainda precisam ser superados, incluindo o desenvolvimento de materiais alternativos que não só sejam biodegradáveis, mas também sejam produzidos a partir de fontes renováveis. Além disso, o que pouca gente sabe é que até mesmo os materiais biodegradáveis convencionais (incluindo os oxibiodegradáveis) – como aqueles usados em produtos descartáveis “ambientalmente amigáveis”, como alguns copos, pratos e canudos, dentre outros – exigem condições bastante específicas para essa degradação, o que faz que também sejam problemáticos caso não sejam garantidos o descarte correto e a infraestrutura adequada para sua destinação final.

Nesse contexto, o amido – polímero natural de origem vegetal – já vem sendo usado há algum tempo como matéria-prima abundante, de fonte renovável e baixo custo para a produção de polímeros ambientalmente mais adequados. No entanto, são várias as limitações que dificultaram seu uso em larga escala até o momento. A primeira é que o amido termoplástico (TPS) apresenta dificuldades ao processamento e tem propriedades mecânicas ruins, além de absorver muita água, desfazendo-se em contato com líquidos, e de “envelhecer” mal, transformando-se em um material frágil (quebradiço) com a passagem do tempo. Para sua utilização ser possível, ele precisa ser misturado a outros compostos – poliésteres biodegradáveis -, que elevam o custo final do material e, assim, inviabilizam economicamente o seu uso em descartáveis.

Foi buscando soluções para esses desafios que a Dra. Alessandra de Almeida Lucas, docente do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da UFSCar, aliou a sua experiência em Engenharia ao conhecimento da Dra. Patrícia Santiago de Oliveira Patricio, docente do Departamento de Química do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). Ambas pesquisam biopolímeros há mais de 10 anos. “Um processo que a Patrícia já dominava de modificação química aplicada ao amido da mandioca resultou em um material que, a partir de alterações que nós, aqui na UFSCar, fizemos no processo de produção das blendas e compósitos e, também, dos produtos finais, levou a um material mais estável na presença de umidade, durável e com propriedades mecânicas e térmicas aprimoradas”, explica a Dra. Lucas. Dentre as alterações mencionadas pela pesquisadora estão testes que permitiram a redução significativa da quantidade de outros poliésteres, chegando a porcentagens de amido que vão de 70 a 90% – com grande impacto na viabilidade econômica – e o estabelecimento de parâmetros relativos aos equipamentos utilizados e aos métodos empregados no processamento que garantiram as propriedades desejadas.

Acesse a notícia completa na página da UFSCar.

Fonte: Mariana Pezzo, UFSCar. Imagem: Divulgação.

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