Notícia

UFRN desenvolve nova formulação de combustível à base de diesel glicerina

Formulação inclui a glicerina, sub-produto do biodiesel

Cícero Oliveira, UFRN

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

sexta-feira, 24 janeiro 2020 15:35

Áreas

Energia. Química Ambiental.

Um novo combustível, com emissões mais limpas e comparado com o diesel mineral, desenvolvido por meio de um processo de formulação que requer um curto tempo de preparação e utiliza materiais de baixo custo. Esse é o resultado da pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) pelos pesquisadores Dra. Tereza Neuma de Castro Dantas, Dr. Manoel Reginaldo Fernandes, Dr. Eduardo Lins de Barros Neto, Dr. Afonso Avelino Dantas Neto e Igor Micael Alves Uchoa. Com o título de Formulação de Combustíveis Microemulsionados à Base de Diesel Glicerina, o estudo resultou também na obtenção da 21º carta-patente da UFRN, no mês de dezembro. Um dos cientistas responsáveis pela descoberta, Igor Micael Alves Uchoa, explica que a eficiência energética similar, com ganho da lubricidade e das emissões, são atrativos para a utilização da nova formulação.

“A patente consiste em uma nova formulação de um combustível diesel, com a inserção de glicerina, fruto de resíduo do atual processo de formulação. Em linhas gerais, ao parar em um posto de combustível, um ônibus ou caminhão, por exemplo, abastece com um combustível que é formado por 90% de diesel mineral e 10% do biodiesel. O biodiesel, no seu processo de produção, após a reação entre um óleo ou uma gordura de origem vegetal ou animal, gera o biodiesel em si e a glicerina, normalmente também em uma proporção de 90% e 10%. Então, com a nossa formulação, há uma destinação para esse resíduo, pois devolvemos a glicerina para ser aproveitada, sem descarte”, explicou Igor Uchoa, que desenvolveu a pesquisa durante o Mestrado em Engenharia Química na UFRN e que recentemente concluiu o doutorado no mesmo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química.

Atualmente, lecionando no Instituto Federal da Bahia, o pesquisador argumentou que o mercado já não consegue absorver essa glicerina fruto do processo, apesar da aplicação na indústria de cosméticos e alimentícia. Para ele, a pesquisa se encaixa justamente em dois pontos: dar uma destinação à glicerina e melhorar o combustível mineral, no caso o diesel. Igor Uchoa acrescentou que as indústrias automobilísticas e distribuidoras de combustível são potencialmente interessadas nesse processo, haja visto que, de acordo com a nova legislação, até 2023, o percentual de biodiesel no diesel terá incremento de 50% em relação aos números atuais.

Devido aos resultados promissores da nova tecnologia, o diretor da Agência de Inovação da UFRN, Daniel Pontes, destacou que a equipe da unidade buscará transformar a tecnologia em produto rentável, disponibilizando-o para uso e benefício da sociedade, por meio do investimento da iniciativa privada.

Acesse a notícia completa na página da UFRN.

Fonte: Wilson Galvão, Agência de Comunicação da UFRN. Imagem: Cícero Oliveira, UFRN.

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