Notícia
UFG, WWF-Brasil e Araticum lançam Plataforma de Monitoramento da Restauração do Cerrado
Ferramenta digital tem o objetivo de auxiliar no combate à degradação do bioma
Divulgação
Fonte
Jornal UFG
Data
terça-feira, 7 junho 2022 06:10
Áreas
Biodiversidade. Conservação. Desmatamento. Ecologia. Governança Ambiental. Monitoramento Ambiental. Políticas Públicas.
Monitorar o Cerrado é fundamental para que políticas públicas possam ser definidas e impactos sejam mensurados: essa é a visão de Edegar Rosa, diretor de conservação e restauração do World Wildlife Fund Brasil (WWF-Brasil). Partindo desta ideia, foi criada a Plataforma de Monitoramento da Restauração do Cerrado, desenvolvida pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG), WWF-Brasil, Articulação pela Restauração do Cerrado (Araticum) em parceria com o Observatório da Restauração e do Reflorestamento. A ação tem como norte a meta nacional estipulada pelo governo para que 12 milhões de hectares sejam restaurados até o ano de 2030. Com isso, a plataforma vem para auxiliar no cumprimento deste propósito, compilando dados espaciais para garantir a transparência dos projetos deste tipo, subsidiar novas oportunidades, combater a desinformação e fiscalizar áreas em risco.
O evento de divulgação da plataforma ocorreu no último dia 03 de junho, de forma híbrida, na sede da WWF-Brasil em Brasília-DF com transmissão simultânea pelo canal oficial do Youtube da Araticum. A data foi escolhida para coincidir com o dia mundial do meio ambiente, que é celebrado no dia 5 de junho.
Funcionamento
A Plataforma de Monitoramento da Restauração do Cerrado funciona de forma intuitiva, justamente para que qualquer pessoa possa acessar e conferir os dados. Basta entrar no site cepf.lapig.iesa.ufg.br, clicar na sub-plataforma “Restauração” e depois em “Acesse a Plataforma”. Após isso, um mapa será aberto para que as funcionalidades possam ser exploradas.
No canto superior esquerdo, há uma série de opções para guiar o acesso às informações desejadas. É possível filtrar a busca por região, Código da Propriedade Rural (CAR) ou nome da Unidade de Conservação (UC). Há também a opção de camadas, que exibem dados como áreas restauradas, iniciativas da Araticum, florestas plantadas, todas com suas respectivas cores apontadas na legenda presente no canto inferior direito.
Origem
A história do projeto começou no ano de 2016, quando o Lapig UFG inicia uma ação financiada pelo Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), para a construção da chamada ‘Plataforma de Conhecimento do Cerrado’. Renato Silveira, analista de infraestrutura do Lapig/UFG, contou que o programa tinha o objetivo de promover o compartilhamento de dados e informações seguras sobre os ecossistemas do bioma.
Em 2021, o Lapig/UFG passou a integrar a equipe da coalizão no Observatório da Restauração e Reflorestamento, no qual estabeleceu a união de objetivos (conhecimento e monitoramento da restauração), surgindo assim a plataforma lançada. Dessa forma, o Lapig/UFG faz a manutenção do site, além de contribuir em decisões estratégicas para o desenvolvimento do programa.
Araticum
De acordo com a plataforma, existem hoje cerca de 90 hectares em restauração, sendo a técnica do plantio de mudas o método mais utilizado, compreendendo 44% das formas de ação. Semeadura direta compreende 30% e Sistemas Agroflorestais (SAFs) 16%.
“O Cerrado é a savana mais biodiversa do mundo e uma das mais ameaçadas pelo desmatamento no Brasil em proporção territorial. Já perdemos 50% do território e temos aproximadamente 8% de áreas efetivamente protegidas. Estima-se um passivo ambiental de mais de dois milhões e meio de hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e um déficit de cinco milhões de hectares de reserva legal. Esses números evidenciam a importância do cumprimento dos acordos internacionais e a implementação efetiva do código florestal”, afirmou Carolina Marcial, representante da WWF-Brasil e membra da Araticum.
Neste cenário, surgiu a rede Araticum, que tem como finalidade o fortalecimento dos projetos de restauração, auxiliando instituições que isoladamente não conseguiriam causar impactos. O nome faz referência ao fruto do Cerrado, botanicamente classificado como infrutescência, ou seja, uma articulação de vários frutos. Alba Cordeiro, secretária executiva da Araticum, explicou que tal definição entra em consonância com os objetivos do grupo, pois são diversos setores atuando com o mesmo objetivo, que é a viabilização da restauração em larga escala do Cerrado. No âmbito da Araticum, existem hoje aproximadamente 52 instituições parceiras e 80 membros espalhados por todos os Estados brasileiros que compõem o bioma Cerrado.
Acesse a notícia completa na página do Jornal UFG.
Fonte: Eduardo Borges, Jornal UFG. Imagem: Divulgação.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Canal Ambiental e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Ambiental, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Por favor, faça Login para comentar