Notícia

UFG participa de projeto que estuda o Rio Araguaia

Expedição, que ocorreu em fevereiro, percorreu mais de três mil quilômetros e mapeou cerca de 56 lagoas

Divulgação, UFG

Fonte

UFG | Universidade Federal de Goiás

Data

quinta-feira, 22 junho 2023 18:10

Áreas

Biologia. Ecologia. Geociências. Geografia. Hidrologia. Monitoramento Ambiental. Pesquisa. Recursos Hídricos. Saúde Ambiental.

O Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG) participou da expedição ‘Araguaia Vivo 2023‘ em fevereiro, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Estadual de Goiás (UEG). O objetivo do projeto é avaliar a qualidade da água, do solo e mapear as lagoas que se formam durante as cheias do Rio Araguaia, além de identificar a fauna e flora que vivem submersas. O Lapig enviou o estudante de graduação (IESA/Ciências Ambientais), Igor Rodrigues, para manusear o drone Phantom 4 e capturar imagens da biodiversidade local. Segundo ele, cerca de 56 lagos foram mapeados pelo drone.

A expedição ocorreu de 05 de fevereiro a 1º de março, e foi coordenada pelo Dr. Ludgero Cardoso Galli Vieira, professor da UnB, e pelo Dr. João Carlos Nabout, professor da UEG. Segundo o Dr. Manuel Eduardo Ferreira, vice-coordenador do Lapig, o período em que ocorreu a expedição foi escolhido por coincidir com a cheia da bacia hidrográfica do Araguaia, sendo possível estudar a biodiversidade dos lagos que se formam durante o verão. “O objetivo é entender a biodiversidade aquática nesses ambientes lacustres, que são formados durante as cheias dos afluentes do Rio Araguaia, bem como registrar parâmetros que indiquem o nível de estresse ambiental na região, decorrentes das interferências humanas”, afirmou o pesquisador.

Monitoramento remoto

Segundo o professor Manuel Ferreira, as imagens captadas pelo drone também serviram para detectar o equilíbrio no ambiente. A intenção é que, em um futuro não muito distante, a necessidade de amostragem in situ – coletar amostras diretamente do local estudado – seja menor, permitindo o estudo de áreas remotas e de difícil acesso apenas com os resultados gerados pelas imagens aéreas, além de possibilitar a economia de insumos e o uso de protocolos mais rápidos. Este método havia sido testado pelo Lapig-UFG apenas em ambiente controlado, sendo a primeira vez que é aplicado em campo com estes propósitos, no Araguaia Vivo 2023.

O método foi comprovado na dissertação de mestrado ‘Monitoramento de Clorofila-A na água por sensoriamento remoto utilizando experimentos em mesocosmos‘. O trabalho é de autoria de Igor Cobelo Ferreira, egresso da UEG, orientado pelo professor Carlos Nabout da UEG/Renac, e co-orientado pelo professor Manuel Eduardo Ferreira da UFG/Lapig. O estudo foi feito em ambiente controlado com 26 caixas d’água, simulando pequenos lagos rasos. Foram inseridos fitoplânctons, com o ambiente preparado para estimular seu crescimento. O crescimento dessa população causa a turbidez da água e toxinas nocivas para o meio aquático e o ser humano. Após o estabelecimento das variáveis adequadas, foram obtidas amostras in situ e fotos aéreas por drone, equipado com sensor padrão RGB, ou seja, com três bandas espectrais – azul, verde e vermelho -, onde a câmera captura apenas a luz visível refletida pelos alvos.

No momento da captura, o drone garante uma sobreposição das fotos, para que seja possível a geração de um mosaico aerofotogramétrico (junção de fotos utilizadas para mapear uma superfície). Os mosaicos são feitos em um laboratório de processamento de imagens, utilizando-se o software PIX4D Mapper; cada voo feito pelo drone resulta em um mosaico. Com as imagens prontas, se aplica um ou mais índices espectrais para realçar os alvos de interesse. “Nós fazemos uma operação aritmética simples com as bandas espectrais, onde, por exemplo, subtraímos a banda do verde pela banda do vermelho, dividindo o resultado pela soma das duas bandas, visando a normalização do resultado. Neste caso, o resultado é um índice para realçar a vegetação (ou alvos que estejam realizando fotossíntese), variando de 1 a -1”, explicou o professor Manuel. Segundo o professor, esse índice realça qualquer ser vivo que faça fotossíntese, facilitando assim a detecção de um possível desequilíbrio do ambiente aquático por fitoplânctons.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da UFG.

Fonte: Janyelle da Mata, Jornal da UFG.

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