Notícia
Projeto abordará uso de radiação para a degradação de sacolas plásticas
Sacolas plásticas que vão ser objeto desse estudo podem levar de 100 a 400 anos para degradar-se no meio ambiente pela ação de raios ultravioleta, umidade e calor
Freepik
Fonte
IEN | Instituto de Engenharia Nuclear
Data
sexta-feira, 1 março 2024 12:25
Áreas
Embalagens. Gestão de Resíduos. Materiais. Saneamento. Sociedade. Sustentabilidade. Tecnologias.
O Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) e o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) vão iniciar agora no mês de março um projeto sobre o uso de radiação gama para a redução do tempo de degradação de sacolas plásticas, do tipo usado em supermercados e no comércio em geral.
O projeto é liderado pela Dra. Luciana Carvalheira, pesquisadora do IEN, e tem como participantes a Dra. Aneuri Amorim, pesquisadora do CTEx, e Weslei Teixeira, aluno do Programa de Pós-Graduação do IEN (PPGIEN). Weslei ganhou uma bolsa de mestrado (que começa em março) do CNPq para trabalhar em conjunto com as duas pesquisadoras.
A utilização de sacolas plásticas pela sociedade tem crescido consideravelmente. As sacolas plásticas que vão ser objeto desse estudo são constituídas de polietileno de alta densidade (PEAD) e podem levar de 100 a 400 anos para degradar-se no meio ambiente pela ação de raios ultravioleta, umidade e calor.
A presença dessas sacolas implica em diferentes problemas como poluição visual, entupimentos das vias públicas de drenagem, interferência negativa na alimentação da vida selvagem, alteração de ecossistemas e biodiversidade e crescimento de larvas de mosquitos transmissores de doenças como malária e dengue. Portanto, iniciativas voltadas para a redução do tempo da presença dessas sacolas no meio ambiente são relevantes e podem ser somadas a outras medidas.
O objetivo deste projeto é estudar a degradação do PEAD utilizando radiação ionizante do tipo gama, proveniente de uma fonte de césio-37. Serão selecionados dois tipos de sacolas plásticas consideradas 100 % recicláveis que serão irradiadas com três diferentes doses de radiação gama, na presença e ausência de água contendo aditivos oxigenados. A presença destas substâncias tem o intuito de avaliar o impacto da radiólise da água (modificação estrutural na molécula de H2O promovida pela radiação ionizante que resulta em substâncias oxidantes) como potencializador dessa degradação. Espera-se que a irradiação gama a provoque e que os radicais livres formados a potencializem, reduzindo o tempo de degradação.
“Estou muito feliz com esse resultado e com o apoio do PPGIEN, e também com a confiança da professora Aneuri do CTEx e do Weslei. Fico orgulhosa em poder contribuir com o meu capital intelectual para o desenvolvimento de projetos e pessoas no setor nuclear brasileiro”, concluiu a Dra. Luciana Carvalheira.
Acesse a notícia completa na página do Instituto de Engenharia Nuclear.
Fonte: Henrique Davidovich, Setor de Comunicação Social do IEN/CNEN. Imagem: Freepik.
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