Notícia

Pesquisas buscam aproveitamento integral de rejeitos da mineração

Chamados de coprodutos, esses materiais podem ser empregados em áreas como construção civil e agricultura

Evandro Moraes da Gama, UFMG

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

terça-feira, 5 fevereiro 2019 08:00

Áreas

Construção Civil, Gestão Ambiental, Gestão de Resíduos, Tecnologias.

A geração de rejeitos pela exploração do minério de ferro é inevitável, e, em muitas minas, eles são dispostos em barragens, como a do Fundão, em Mariana, e a do Córrego do Feijão, em Brumadinho, cujo rompimento resultou em desastres de grandes proporções socioambientais. Mas já há tecnologias que possibilitam o aproveitamento de 100% desses rejeitos e sua transformação em coprodutos que podem ser aplicados em diversas áreas. Apesar de não implicarem custos elevados, especialistas da UFMG defendem investimentos contínuos em pesquisas interdisciplinares, que possam consolidar o conhecimento nacional sobre essas tecnologias.

Segundo o chefe do Departamento de Engenharia de Minas, Dr. Roberto Galèry, a UFMG mantém várias linhas de pesquisa relacionadas ao aproveitamento desses rejeitos e ao monitoramento das barragens. “Não são tecnologias caras, mas que ainda precisam ser mais bem compreendidas, especialmente em relação ao custo-benefício”, argumenta.

Seu colega de Departamento, o Dr. Evandro Moraes da Gama, também defende financiamento contínuo das pesquisas, para que tecnologias como as desenvolvidas no Laboratório de Geotecnologias e Geomateriais, do Centro de Produção Sustentável da UFMG, em Pedro Leopoldo (MG), “possam integrar o processo de economia circular na área da mineração”. Segundo ele, o conceito de aproveitamento total de rejeitos já é adotado em vários países, como a China, que tem como meta aproveitar 22% de seu volume de rejeito mineral até 2022.

Associação de tecnologias

Barragens de rejeitos construídas com o método de alteamento a montante não chegam a ser condenadas pela Sociedade Internacional de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica, mas exigem controle muito maior, exatamente no que se refere à segurança. “Por isso, esse modelo de barragem já não é mais aceito em países como Canadá e Chile”, exemplifica o Dr. Roberto Galèry.

Pesquisas desenvolvidas no Departamento de Engenharia de Minas indicam que a associação de tecnologias pode contribuir para aumentar a eficiência do monitoramento das barragens. Segundo o Dr. Galèry, a chamada medição piezométrica, que controla o nível de água nessas estruturas, deve ser instalada em todo barramento e associada a sistemas de monitoramento de tremores, como o acelerômetro, que possibilita o estudo georreferenciado da barragem e a localização de possível abalo estrutural.

“Esses sistemas deveriam ainda ser ligados a sistemas de radares, contribuindo para a comunicação rápida e direta com os responsáveis pelo monitoramento das barragens”, defende o pesquisador o Dr. Galèry.

Acesse a notícia completa no site da UFMG.

Fonte: Teresa Sanches, UFMG. Imagem: Evandro Moraes da Gama, UFMG.

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