Notícia

Pesquisadores europeus avaliam o uso de plantas comestíveis para biomonitoramento da poluição do ar

Jardins urbanos seriam vigilantes da poluição e poderiam ser integrados a uma rede de monitoramento e controle de qualidade do ar

Canal Ambiental, Rede T4H

Fonte

UPM | Universidade Politécnica de Madri

Data

quinta-feira, 20 junho 2019 13:15

Áreas

Biotecnologia. Gestão Ambiental. Sustentabilidade.

Pesquisadores da Universidade Politécnica de Madrid (UPM), na Espanha, em colaboração com a Universidade de Copenhague, na Dinamarca, avaliaram o uso de plantas comestíveis para biomonitoramento da poluição do ar.

Para determinar os padrões de qualidade do ar muitas vezes são utilizados equipamentos e técnicas físico-químicas que são complexos de operar e que proporcionam medições de apenas um ponto. Uma equipe de cientistas liderada pela Universidade Politécnica de Madri  – que envolveu pesquisadores da Universidade de Copenhague – desenvolveu um novo método baseado no  monitoramento passivo nas cidades com uso da vegetação, o que permite obter dados de forma simples, econômica e que integra todos os fatores ambientais de exposição com uma ampla resolução espacial e temporal. Assim, jardins urbanos, além de fornecer alimentos, poderiam ser integrados a uma rede de monitoramento e controle de qualidade do ar.

A poluição do ar é uma das principais preocupações da sociedade atualmente, devido aos seus efeitos nocivos na saúde humana e ao meio ambiente. Além disso, o aumento dos episódios de poluição nas principais cidades nos últimos anos aumentou essa preocupação. Por tudo isto, seria conveniente desenvolver sistemas de monitoramento da qualidade do ar simples, econômicos e suficientemente precisos. Para isso, a equipe de pesquisadores espanhóis e dinamarqueses realizou um estudo com o objetivo de avaliar o potencial de espécies de plantas comestíveis em hortas urbanas como bioindicadores da poluição do ar. Especificamente, um dos principais objetivos do estudo foi determinar se era possível monitorar a poluição do ar associada com metais pesados ​​e metaloides usando espécies de plantas comestíveis cultivadas em jardins urbanos.

O segundo objetivo fundamental do estudo foi determinar se o alimento cultivado em um ambiente urbano, utilizando um substrato limpo seria adequado para o consumo, uma vez que estudos anteriores realizados pelo grupo de pesquisa Prospecção e Meio Ambiente (Promediam/UPM) apontaram que determinados locais urbanos podem não ser adequados para a agricultura urbana se cultivados diretamente no solo, devido aos níveis de concentração de alguns dos oligoelementos analisados.

O estudo foi realizado em três pontos diferentes na cidade de Copenhague: em região com alto tráfego, em região com baixo tráfego e em câmara climática isolada. Usando turfa e vermiculita como substratos em duas espécies de plantas, foram analisadas as concentrações de 27 elementos após três semanas de exposição nos três cultivos.

Os resultados mostraram que, como esperado, as plantas localizadas próximas ao tráfego intenso acumularam quantidade maior de elementos tipicamente relacionados à poluição. No entanto, as concentrações de contaminantes para os quais existem níveis máximos legais estabelecidos (cádmio e chumbo) estavam abaixo dos limites aceitáveis ​​para alimentos. Portanto, os produtos cultivados em um substrato não contaminado, na área urbana de estudo, seriam adequados para o consumo. Além disso, as espécies selecionadas poderiam ser usadas como bioindicadores, refletindo os níveis de poluição atmosférica no meio ambiente.

Os pesquisadores esperam que os resultados obtidos ajudem a promover a agricultura urbana, aplicando as práticas e adotando as medidas de segurança apropriadas, promovendo o desenvolvimento urbano sustentável, protegendo o meio ambiente e combatendo a mudança climática e a insegurança alimentar.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Politécnica de Madri (em espanhol).

Fonte: Universidade Politécnica de Madri. Imagem: Canal Ambiental, Rede T4H.

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