Notícia

Pesquisadores destacam ações para fortalecer a ecologia e a conservação no Sul Global

Equipe de pesquisa internacional enfatiza a importância da diversidade, equidade e inclusão para fortalecer a ecologia e a conservação na região que detém a maior parte da biodiversidade do planeta

Universidade de Göttingen (adaptado)

Fonte

Universidade de Göttingen

Data

domingo, 19 fevereiro 2023 17:25

Áreas

Agricultura. Agroecologia. Biodiversidade. Ciência Ambiental. Conservação. Ecologia. Engenharia Ambiental. Gestão Ambiental. Governança Ambiental. Pesquisa. Políticas Públicas. Saúde Ambiental. Sociedade. Sustentabilidade.

Os trópicos detêm a maior parte da biodiversidade do planeta. Para preservar este bem frágil e valioso, muitos indivíduos e comunidades precisam se envolver e estar bem informados. No entanto, a ecologia tropical e as ciências da conservação ainda são frequentemente afetadas por práticas colonialistas e discriminatórias, que podem prejudicar o sucesso da conservação da natureza.

Recentemente, uma equipe internacional de pesquisa de universidades líderes em pesquisa tropical, incluindo a Universidade de Göttingen, na Alemanha, propôs como pesquisadores do Sul Global, que consiste em nações historicamente afetadas pelo colonialismo, poderiam promover melhor soluções para um desenvolvimento sustentável. O artigo de opinião foi publicado na revista científica Perspectives in Ecology and Conservation.

A equipe de pesquisadores de mais de 12 países – da América do Sul, África, Ásia, Europa e América do Norte – reuniu suas experiências trabalhando em colaborações internacionais no campo da Ecologia e Conservação Tropical Marinha e Terrestre e participando de comitês que promovem a diversificação de sociedades científicas. Foram sugeridas dez ações para pesquisadores que vivem no Sul Global para promover melhorias em diversidade, equidade e inclusão. Isso inclui ações nos níveis institucional, nacional e internacional para garantir que as equipes de pesquisa do Sul Global se tornem mais inclusivas e diversificadas e estejam bem preparadas para colaborações equitativas de pesquisa internacional que tenham impacto nas práticas de conservação da natureza.

Os autores acreditam que as equipes atuais de pesquisa tropical muitas vezes não consideram plenamente a vasta diversidade de pessoas e perspectivas nas regiões tropicais, o que dificulta a implementação de práticas científicas. No entanto, eles reconhecem os altos custos iniciais associados ao estabelecimento de esquemas de participação equitativa: “Essas ações exigem muito trabalho e autorreflexão de todos nós sobre nossas ações e atitudes, mas estamos confiantes de que os benefícios são consideráveis, tanto pela qualidade da ciência que fazemos e a proteção dos ecossistemas tropicais”, disse a Dra. Carolina Ocampo-Ariza, autora principal do artigo e pesquisadora do Grupo de Agroecologia da Universidade de Göttingen.

Ações de conservação bem-sucedidas dependem da participação de partes interessadas locais, incluindo governos locais e comunidades em áreas rurais. “Esperamos encorajar mais liderança daqueles que vivem cercados pela biodiversidade tropical”, disse o Dr. Teja Tscharntke, professor da Universidade de Göttingen. Isso inclui pesquisadores do Sul Global aumentando o alcance e a disseminação de projetos de pesquisa, co-desenvolvendo objetivos de pesquisa com partes interessadas locais, como comunidades indígenas e agricultores locais, e assumindo um papel de liderança em equipes de pesquisa internacionais.

“As discussões internacionais em andamento sobre diversidade, equidade e inclusão nos ajudarão a estabelecer colaborações mais sustentáveis e justas em pesquisa”, acrescentou a Isabelle Arimond, doutoranda em agrobiodiversidade funcional na Universidade de Göttingen.

Acesse a publicação científica completa (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Göttingen (em inglês).

Fonte: Universidade de Göttingen. Imagem: equipe de pesquisadores de mais de doze países propôs dez ações para pesquisadores do Sul Global promoverem melhorias em diversidade, equidade e inclusão. Fonte: Universidade de Göttingen (com adaptação).

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