Notícia

Pesquisadores destacam a importância de práticas de sustentabilidade relacionadas ao ambiente cirúrgico

Muitas cirurgias envolvem alta demanda de energia e o uso de dispositivos cirúrgicos de uso único e embalagens que são descartados logo após o procedimento

Getty Images

Fonte

Universidade de Pittsburgh

Data

terça-feira, 26 julho 2022 06:25

Áreas

Embalagens. Energia. Engenharia Ambiental. Gestão de Resíduos. Gestão Hospitalar. Governança Ambiental. Mudanças Climáticas. Saúde. Sustentabilidade. Tecnologias.

As cirurgias ortopédicas, uma das cinco especialidades cirúrgicas de maior volume, contribuem fortemente para os gases de efeito estufa emitidos pelo setor de saúde. A cirurgia ortopédica mais comum é a cirurgia de prótese de joelho, que substitui total ou parcialmente a articulação do joelho. Cada etapa da cirurgia requer esterilização precisa e práticas rotineiras de uso intensivo de energia para garantir que a cirurgia seja um sucesso. O Dr. Ian Engler, pesquisador de Medicina Esportiva do Departamento de Cirurgia Ortopédica da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, disse que as salas de cirurgia precisam atender a essa demanda de energia ’em todos os momentos’.

“Na cirurgia, há um alto risco de infecção porque sempre que você realiza uma incisão no paciente, pode ocorrer o acesso de bactérias. A sala de cirurgia tem temperatura e umidade muito rigorosas porque as bactérias gostam de ambientes úmidos e quentes. Portanto, é preciso muita energia para manter a temperatura e a umidade perfeitamente corretas. A sala de cirurgia sempre tem esse tipo de demanda de energia o tempo todo.”

Em resposta aos crescentes impactos das mudanças climáticas, a Associação Médica Americana (AMA) adotou uma nova política que declara as mudanças climáticas uma crise de saúde pública. A AMA trabalha ativamente para desenvolver um plano para mudar as políticas existentes que aumentam as emissões de carbono nas práticas de saúde.

Muitas cirurgias envolvem o uso de dispositivos cirúrgicos de uso único que são descartados logo após o procedimento, de acordo com uma publicação da Universidade Tecnológica de Delft, nos Países Baixos. Esses instrumentos são embalados em polipropileno de uso único, o que acaba causando poluição ambiental. Estima-se que cerca de 115 milhões de quilos desse tipo de resíduo sejam gerados anualmente nos Estados Unidos, segundo a publicação.

O Dr. Engler destacou que esses dispositivos – junto com suas embalagens – usam muita energia e geram muito lixo.

“Temos mais implantes do que outros campos cirúrgicos”, disse o especialista. “E cada um deles consome muita energia e todos são roduzidos com embalagens estéreis. Toda essa embalagem é jogada fora. Então, como há muitos implantes ou dispositivos ortopédicos em nosso campo, isso o torna particularmente intensivo em energia”.

Embora pareça haver causas intermináveis ​​para as mudanças climáticas, existem práticas potenciais que podem diminuir as emissões no setor de saúde. Por causa disso, há um número crescente de pesquisadores trabalhando para descobrir essas práticas. O Dr. Andrew Curley, também pesquisador do Departamento de Cirurgia Ortopédica de Pittsburgh, disse que essas práticas são benéficas.

“Acho que muitas das soluções envolvem menos eletricidade, menos materiais, menos insumos. Não só é melhor para o meio ambiente, mas é melhor financeiramente, então é uma espécie de ganha-ganha”, disse o Dr. Curley.

Recentemente, a Casa Branca divulgou um comunicado à imprensa anunciando que 61 hospitais e empresas do setor de saúde nos Estados Unidos se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% até o ano de 2030.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Pittsburgh (em inglês).

Fonte: Khushi Rai, Universidade de Pittsburgh. Imagem: Getty Images.

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