Notícia

Pesquisadora propõe modelo de gestão de resíduos eletroeletrônicos

Divulgação

Fonte

Guilherme Almeida e Marcilio Costa, UFS

Data

terça-feira, 13 junho 2017 16:00

Áreas

Gestão de Resíduos

A pesquisadora Izaclaudia Santana da Cruz, que atualmente é professora de Engenharia Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), desenvolveu sua tese de doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Em sua tese de doutorado, ela elaborou um proposta de ‘logística reversa’ para os resíduos eletroeletrônicos. Ela propõe um modelo de gestão que, ao invés de dar os aterros e lixões como destino final – e muitas vezes único – para os resíduos eletroeletrônicos (REEEs), pretende que eles sejam reinseridos no mercado, e então, reutilizados. É a esse modelo que se dá o nome de logística reversa.

Em 2010 foi aprovada a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei n. 12305), que estabelece a obrigatoriedade da logística reversa para os REEEs. Izaclaudia explica que a regulamentação foi um incentivo para desenvolver a pesquisa. “Atualmente os resíduos constituem um dos principais problemas ambientais dos centros urbanos e dos parques industriais. Diante disso, o desafio de buscar soluções viáveis torna imprescindível o desenvolvimento de pesquisas científicas voltadas para esse tema”, defende.

A professora complementa que tais iniciativas contribuem para que as universidades tragam inovações científicas que, de forma prática, possam colaborar para amenizar as problemáticas da sociedade e aperfeiçoar a experiência de seus alunos como pesquisadores.

Problemas causados pelos REEEs

Os transtornos causados pelo descarte inapropriado de resíduos eletroeletrônicos são graves. Produtos como baterias de celulares e laptops contêm cloreto de amônio, que se inalado acumula-se no organismo e pode provocar asfixia. Produtos como computador, monitor e televisão de tela plana contêm mercúrio em sua composição, podendo causar problemas de estômago, distúrbios renais e neurológicos.

Outro problema, segundo a pesquisa realizada por Izaclaudia Santana, é o tempo de vida dos resíduos.

Qual a proposta da pesquisa?

Atualmente a maior parte dos resíduos eletroeletrônicos é descartada em lixos comuns ou abandonada em assistências técnicas mesmo havendo iniciativas isoladas por parte de recicladoras e através de pontos de coleta em alguns locais da cidade. Segundo a nova proposta, seria criada uma cadeia na qual todos os agentes que participam do ciclo de fabricação, venda consumo e descarte – no caso, fabricante, distribuidora, varejista, assistência técnica e recicladora – estejam interligados.

O consumidor teria a opção de deixar o produto em ecopontos – que podem estar localizados nas assistências técnicas – ou entrar em contato com recicladoras para que façam a coleta em sua própria residência ou estabelecimento comercial, a depender do volume de REEEs.

Como incentivo à devolução, o consumidor receberia um desconto na próxima compra ou acúmulo de pontos que poderiam ser trocados por uma nova mercadoria. O custo da logística ficaria dividido entre os agentes da cadeia que possuem responsabilidade sobre o destino correto do produto.

Ainda seria desenvolvido um software e um aplicativo para auxiliar o processo que ficaria sob a responsabilidade do poder público, através da Sema.

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