Notícia

Loga inaugura Central de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde

Embrapa

Fonte

LOGA Logística Ambiental

Data

quinta-feira, 22 junho 2017 14:00

Áreas

Gestão de Resíduos, Reciclagem, Gestão Ambiental

No último mês de maio, a Loga – Logística Ambiental de São Paulo –  inaugurou oficialmente, a nova Central de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde Marcus Silva Araujo (CTRSS). A Loga é responsável pela coleta de resíduos de saúde de toda região Noroeste de São Paulo, com mais de 16 mil estabelecimentos cadastrados.

Com capacidade para recebimento de 2 mil toneladas de resíduos de saúde por mês, a CTRSS recebe material de mais de 14.000 estabelecimentos de saúde (grupos A e E, exceto A2 e A3),oriundos tanto de pequenos geradores, como farmácias, clínicas, veterinários e laboratórios, quanto de grandes hospitais do Agrupamento Noroeste de São Paulo, os chamados grandes geradores de resíduos de saúde.

Com investimento de cerca de R$ 35 milhões, a CTRSS está localizada em Perus, em uma área do Aterro Bandeirantes, desativado em 2007. “A empresa viu a oportunidade de instalar o equipamento em um local que estaria isolado e sem uso pelos próximos anos, e que agora passa a receber uma unidade de tratamento de alta tecnologia que garante proteção ao meio ambiente e qualidade de vida para os paulistanos”, explica Marcelo Gomes, diretor-presidente da Loga.

A nova central é um benefício para São Paulo, pois se trata de um bem reversível ao município ao final da Concessão da Loga. Além disso, a instalação do empreendimento na região gerou empregos para a população do entorno: 70% dos colaboradores da Central são da região de Perus, profissionais contratados que trabalham próximos de suas residências.

Processo de tratamento dos resíduos

Os resíduos são submetidos a tratamento térmico, por meio de equipamentos de autoclaves. Nesse processo de tratamento, há a combinação de quatro variáveis: a temperatura, a pressão, o tempo de residência ou tratamento, além do contato ou penetração do vapor na massa de resíduo. Assim, o material contaminado é exposto ao calor (temperatura de até 150ºC) e umidade à alta pressão por um período de tempo suficiente para eliminar os microrganismos patógenos e reduzir a carga microbiana presente nesse tipo de resíduo. A tecnologia de tratamento por autoclave assegura altos níveis de inativação microbiana (nível III), estabelecidos pela legislação brasileira e, também, internacionalmente reconhecidos. Ou seja, o material é descontaminado, descaracterizado, triturado e encaminhado a um aterro. Essa forma de tratamento reduz o volume de resíduos, o que contribui para vida útil dos aterros.
O processo operacional é dividido nas seguintes etapas:

1 – Recebimento e armazenamento temporário dos resíduos;

2 – Carregamento e pesagem dos resíduos;

3 – Tratamento térmico por autoclavagem;

4 – Descaracterização dos resíduos por trituração;

5 – Acondicionamento e transporte para a destinação final.
Resíduos recebidos na CTRSS

A CTRSS recebe e trata os resíduos de serviços de saúde dos grupos A e E, de acordo com a Resolução Conama 358/2005. Demais grupos possuem coleta e tratamento específicos.

Grupo A (exceto A2 e A3):

Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que necessitam de tratamento específico, tais como: descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; resíduos de laboratórios de manipulação genética; resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos, bolsas transfusionais, sobras de amostras de laboratórios contendo sangue ou líquidos corpóreos. Kits de linhas arteriais, endovenosas e deslizadores; sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções; recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde.

Grupo E:

Materiais perfurocortantes, tais como: agulhas, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea placas de Petri) e outros similares.

Tecnologias sustentáveis

Com o compromisso de preservar o meio ambiente, a CTRSS foi projetada já considerando tecnologias para mitigação dos impactos ambientais. Assim, os materiais são recebidos e tratados em locais e equipamentos estanques e controlados. Todo o ar interno da Central é coletado e encaminhado para um sistema de exaustão e recebe tratamento por meio de filtros de alta capacidade de retenção de partículas; o ar é substituído 15 vezes por hora e tratado por sistema de pressão negativa. Além disso, o fluxo de ar após a filtragem passa pelo tratamento por ozônio, para minimizar eventuais odores, característicos desse tipo de resíduo.

Outro recurso moderno adotado na Central é o de captação e filtragem de água da chuva para uso na limpeza da unidade, o equivalente a mais de 70% de redução no consumo de água potável. Além disso, o uso de gás natural gera o vapor necessário para o tratamento. A unidade também dispõe de economizadores para reaproveitar o calor das chaminés e reduzir o consumo de combustível. A Central conta ainda com iluminação natural interconectada com sistemas de LED, garantindo a luz necessária para a operação e reduzindo o consumo desse recurso.

 

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