Notícia
Pesquisa da UFRN resulta em material que potencializa produção de gás de síntese
Nova formulação de material para aumentar a velocidade de reações do metano tem aplicação vasta na produção de insumos petroquímicos, combustíveis sintéticos, fertilizantes e geração de energia
Cícero Oliveira, Agecom/UFRN
Fonte
CNPq | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Data
quinta-feira, 14 setembro 2023 18:55
Áreas
Energia. Engenharia de Energia. Indústria. Química. Tecnologias.
Estudo desenvolvido no Laboratório de Tecnologia Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) resultou em nova formulação de material para aumentar a velocidade de reações do metano – gás incolor, inodoro, inflamável e explosivo em ambientes fechados – utilizado em elevadas temperaturas de reação por um longo tempo e que tem aplicação vasta na produção de insumos petroquímicos, combustíveis sintéticos, fertilizantes e geração de energia.
A tecnologia é fruto da dissertação de Yuri Kauã Rodrigues de Oliveira Silva, ex-bolsista de mestrado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), defendida no Programa de Pós-Graduação em Química da UFRN, e já foi motivo de novo depósito de pedido de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em julho último, com a denominação ‘Catalisadores bimetálicos promovidos por trióxido de boro para a produção de gás de síntese via reforma do metano’.
Segundo Yuri Silva, a invenção tem capacidade de influenciar na catálise de reações de reforma do metano. A catálise é um processo em que, ao ser adicionada uma determinada substância, uma reação química ocorre de maneira mais rápida. No caso do metano, tal procedimento é amplamente utilizado de forma industrial para produzir gás de síntese, uma mistura gasosa de hidrogênio (H2) e monóxido de carbono (CO).
O gás de síntese pode ser usado em combustão direta ou pode ser utilizado como matéria-prima para produção de outros compostos, como biometanol ou biocombustíveis. Os dois últimos, derivados do biogás, são extraídos a partir de um processo de purificação. De acordo com Yuri Silva, graças à resistência à formação de carbono inorgânico e à resistência à sinterização, o catalisador é capaz de manter elevada a atividade química, mesmo em altas temperaturas de reação.
“Essa situação propicia a redução de custos operacionais. Especificamente sobre o nosso produto, um aspecto relevante é o baixo custo de produção, com a fase ativa composta por metais não-nobres, mais baratos, e um promotor mais acessível que os amplamente utilizados metais terras-raras, como o cério e o lantânio, de difícil extração”, disse o pesquisador. A conjunção dessas características faz com que o catalisador bimetálico desenvolvido, usando níquel e cobalto, possua estabilidade superior em relação aos catalisadores padrões.
Acesse a notícia completa na página do CNPq.
Fonte: CNPq e UFRN. Imagem: Laboratório de Tecnologia Ambiental da UFRN. Fonte: Cícero Oliveira, Agecom/UFRN.
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