Notícia

O papel do Krill no clima global deve influenciar a política de pesca na Antártida

O Krill – pequeno crustáceo que alimenta baleias, focas e pinguins – desempenha um papel vital na remoção de carbono da atmosfera

Divulgação

Fonte

Imperial College de Londres

Data

segunda-feira, 21 outubro 2019 07:55

Áreas

Biologia. Clima.

Um estudo sobre como o krill – um crustáceo semelhante ao camarão – afeta a capacidade do Oceano Antártico de captar carbono da atmosfera revelou que o pequeno animal desempenha um papel muito importante neste processo. O krill serve de alimentação para animais maiores na Antártica, como baleias, focas e pinguins, mas também é pescado para alimentação humana, para servir como isca de pesca e para uso na aquicultura e suplementos alimentares.

As descobertas sugerem que aqueles que gerenciam como o krill é pescado no Oceano Antártico, que circunda a Antártica, devem levar em consideração o impacto do krill no carbono, embora seja necessário fazer mais pesquisas para compreender o processo.

Os resultados foram publicados no último dia 18 de outubro na revista científica Nature Communications.

A principal autora, a Dra. Emma Cavan, do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College de Londres, concluiu o estudo na Universidade da Tasmânia. A especialista afirmou: “O Oceano Antártico é um dos maiores sumidouros de carbono do mundo, então o krill tem uma influência importante nos níveis atmosféricos de carbono e, portanto, no clima global”.

O krill ingere plantas microscópicas de fitoplâncton no oceano que realizam a fotossíntese. O fitoplâncton retira o carbono da atmosfera durante a fotossíntese e é ingerido pelo krill, que excreta pelotas fecais ricas em carbono que afundam no fundo do mar, bloqueando o carbono. Os excrementos também são ricos em ferro e outros nutrientes, que ajudam a enriquecer outros organismos.

O krill antártico pode crescer até seis centímetros de comprimento e pesar cerca de um grama, mas são tantos que sua contribuição combinada ao movimento do carbono oceânico e de outros nutrientes pode ser enorme. As pelotas fecais de krill constituem a maioria das partículas de carbono que afundam, identificadas pelos cientistas em águas rasas e profundas no Oceano Antártico.

“Hoje a pesca ocupa menos de 0,5% do krill disponível e é direcionada apenas os adultos. Mas não há consenso sobre o efeito que a colheita do krill antártico poderia ter sobre o carbono atmosférico e a química dos oceanos. Os ecossistemas e processos químicos do Oceano Antártico são altamente complexos e pouco compreendidos, e nossa falta de conhecimento sobre a extensão da capacidade do krill de afetar o ciclo do carbono é uma preocupação, uma vez que é a maior pesca da região”, conclui a Dra. Emma Cavan.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Imperial College de Londres (em inglês).

Fonte: Hayley Dunning, Imperial College de Londres. Imagem: Divulgação.

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