Notícia

Novo sensor pode detectar a presença de pesticidas potentes

Sensor combinado com o aplicativo para smartphone pode detectar a presença e a quantidade de dois agentes nervosos potentes

Christopher Robidillo

Fonte

Universidade de Alberta

Data

segunda-feira, 9 dezembro 2019 15:15

Áreas

Química Ambiental.

Novo sensor desenvolvido por químicos da Universidade de Alberta, no Canadá,  pode detectar duas toxinas nervosas potentes que teriam sido usadas em guerras químicas. O sensor usa pontos quânticos baseados em silicone para detectar paraoxon e paration, duas toxinas poderosas que tornam os sensores amarelos ou verdes, dependendo da quantidade de toxina presente.

O estudo também mostra que um aplicativo comercial de smartphone pode ser usado para estimar com precisão a quantidade de toxinas em uma amostra, o que poderia oferecer uma maneira mais simples e rápida de detectá-las do que os métodos atuais que exigem instrumentos caros e técnicos altamente treinados.

“Paraoxon e paration são agentes nervosos [produtos químicos orgânicos que atuam sobre o mecanismo dos nervos] que têm sido usados ​​como pesticidas”, explicou o Dr. Jonathan Veinot, químico da Universidade de Alberta, co-autor do estudo juntamente com o doutorando Christopher Robidillo. “A detecção precisa é importante porque essas substâncias são potentes – elas podem matar em poucos minutos, dependendo da exposição e do tratamento”.

Desde que o paration foi desenvolvido em 1947, a maioria dos países do mundo – incluindo o Canadá e os Estados Unidos – parou de usá-lo como pesticida, disse Robidillo, citando pesquisas que mostram que ele também está relacionado a câncer e defeitos congênitos.

O paraoxon, um composto semelhante criado quando o paration é decomposto por enzimas no corpo, é considerado 50 vezes mais tóxico. Pensa-se que tenha sido usado em guerra química durante a década de 1970 onde hoje é o Zimbábue, e mais tarde pelo regime do apartheid na África do Sul como parte de seu programa de armas químicas.

Para construir os sensores, a equipe de pesquisa combinou uma proteína fluorescente verde com pontos baseados em silício que emitem luz vermelha. Quando exposta ao paraoxon ou paration, a mistura não emite mais luz vermelha, fazendo com que o sensor ofereça vários tons de amarelo ou verde sob luz fluorescente.

“Os sensores podem ser usados ​​para testar amostras ambientais e detectar a presença desses agentes”, acrescentou Christopher Robidillo. “Usando um aplicativo para smartphone, é possível estimar a quantidade de agente nervoso presente; isso é mais confiável que a simples avaliação visual. ”

O professor Veinot disse que os resultados sugerem que sensores semelhantes sejam adaptados para testar também outras toxinas: “É uma plataforma que pode ser usada para detectar várias substâncias ao mesmo tempo”.

O estudo foi publicado na revista científica ACS Applied Materials & Interfaces.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Alberta (em inglês).

Fonte: Universidade de Alberta. Imagem: Christopher Robidillo.

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