Notícia

Novas abordagens para ajudar empresas a enfrentar as mudanças climáticas

Mudança climática pode adicionar cerca de 20% ao custo global de eventos climáticos extremos até 2040

Estúdio de Visualização Científica da NASA

Fonte

Universidade de Cambridge

Data

quarta-feira, 4 março 2020 13:20

Áreas

Clima. Mudanças Climáticas. Negócios.

As mudanças climáticas podem adicionar cerca de 20% ao custo global de eventos climáticos extremos até 2040, de acordo com descobertas iniciais de pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Os especialistas sugerem que as empresas avaliem suas próprias exposições ao risco crescente e melhorem sua resiliência e sustentabilidade.

As conclusões vêm do Índice de Risco de Negócios por Mudanças Climáticas de Cambridge, um novo componente do Índice de Risco Global de Cambridge. O índice é desenvolvido pelo Centro de Estudos de Risco da universidade, Cambridge Zero e British Antarctic Survey. Os resultados iniciais foram anunciados no último dia 26 de fevereiro em um evento para líderes empresariais e cientistas climáticos da Cambridge Judge Business School.

O índice incorpora resultados do modelo climático para analisar e quantificar os riscos crescentes de eventos climáticos extremos e seu potencial para interromper operações de negócios e cadeias de suprimentos globalmente. O evento foi projetado para fornecer uma plataforma para os cientistas climáticos consultarem a comunidade empresarial e garantirem que os resultados finais atendam às necessidades dos negócios.

Por exemplo, o índice mostra que, até 2040, as empresas de Chicago, nos Estados Unidos, podem esperar 50% de chance de ter mais 20 dias por ano em que as temperaturas médias excederão 25ºC e uma semana adicional de dias acima de 30ºC. Espera-se que as mudanças climáticas aumentem em torno de 20% o custo global de eventos climáticos extremos, como tempestades, inundações, ondas de calor e secas. Estima-se que os eventos climáticos extremos aumentem, passando das perdas relatadas atualmente em média de cerca de US$ 195 bilhões por ano em custos diretos para US$ 234 bilhões até 2040, um aumento de US$ 39 bilhões por ano em relação aos valores atuais.

Se os custos indiretos decorrentes da interrupção da cadeia de suprimentos e outras conseqüências econômicas importantes forem levados em consideração, é possível que a mudança climática possa adicionar mais de US$ 100 bilhões em perdas por ano à economia global.

A quantificação exata desse tipo de informação em prazos relevantes para os negócios ajudará as empresas a planejar sua maior exposição a ondas de calor e outros riscos relacionados ao clima.

As mudanças climáticas são uma preocupação crescente para as empresas. Muitas empresas estão tentando entender como é provável que elas sejam afetadas, as ações que podem ser necessárias para a sustentabilidade e os requisitos regulatórios ou outros passivos que possam enfrentar.

“As empresas estão lutando para conciliar as previsões de longo prazo das conseqüências de um planeta mais quente daqui a várias décadas, com mudanças climáticas que já estão afetando seus negócios de várias maneiras e como seus negócios serão afetados pela transição entre o que a sociedade é hoje e uma economia de baixo carbono”, disse o Dr. Andrew Coburn, cientista-chefe do Centro de Estudos de Risco de Cambridge.

A Universidade de Cambridge lançou recentemente o Cambridge Zero, que reúne suas atividades de pesquisa, políticas e envolvimento do setor privado em mudanças climáticas e soluções de zero carbono.

“O Cambridge Zero oferece uma oportunidade para a experiência em pesquisa da Universidade contribuir com informações e ferramentas para uso das empresas, bem como dos formuladores de políticas e outras partes interessadas”, ressaltou a Dra. Emily Shuckburgh, diretora da Cambridge Zero.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Cambridge (em inglês).

Fonte: Universidade de Cambridge. Imagem: Mapa mostra a temperatura global média da Terra de 2013 a 2017, em comparação com a média de 1951 a 1980, de acordo com  análise do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA. Regiões em amarelos, laranja e vermelho sofreram aquecimento. Fonte: Estúdio de Visualização Científica da NASA.

 

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