Notícia

Mistura de uma variedade de compostos em ração para vacas pode reduzir a quantidade de metano produzida pelo gado

Fonte

Universidade de Adelaide

Data

segunda-feira, 17 abril 2023 06:05

Áreas

Agricultura. Biologia. Ciência Ambiental. Metabolismo. Monitoramento Ambiental. Nutrição Animal. Pecuária. Sustentabilidade.

Um estudo conduzido pela Universidade de Adelaide, na Austrália, investigará se a mistura de uma variedade de compostos, incluindo a biserrula, em ração para vacas com algas marinhas, pode reduzir a quantidade de metano produzida pelo gado.

O estudo também testará a respiração do gado para registrar os níveis de metano usando um dispositivo de baixo custo que o tornará mais acessível para os agricultores.

Arrotos e flatulência das vacas produzem metano, um gás de efeito estufa que tem 21 vezes mais potencial de aquecimento global do que o dióxido de carbono e está se acumulando na atmosfera a uma taxa de 1% ao ano.

A Dra. Mariana Caetano, professora de Nutrição e Metabolismo Animal na Universidade de Adelaide, está interessada em investigar o papel de outros alimentos em combinação com algas marinhas na redução das emissões de metano e seu impacto ao longo do ciclo de produção do gado de corte. Isso inclui o efeito de uma suplementação de algas marinhas em baixa dose oferecida a vacas prenhes e o impacto em longo prazo sobre as emissões de metano dos bezerros.

“Este projeto visa testar e demonstrar práticas agrícolas inovadoras e econômicas para reduzir as emissões de metano ao longo do ciclo de produção, considerando o baixo uso de mão de obra na fazenda”, explicou a Dra. Mariana Caetano.

“Os suplementos de biserrula e algas marinhas serão usados durante os períodos de escassez de ração e baixa digestibilidade da ração. Muitos outros alimentos que contribuem para a redução do metano também serão fornecidos em combinação com algas marinhas para reduzir as emissões de metano em novilhos em crescimento e terminação em sistemas intensivos e extensivos”, continuou a professora.

A biserrula é uma leguminosa de pastagem persistente que cresce em sistemas agrícolas mediterrâneos, enquanto alguns dos outros compostos que serão usados incluem subprodutos, grãos e ácidos graxos insaturados usados na alimentação do gado.

As emissões diretas de gado representam cerca de 15% das emissões de gases de efeito estufa da Austrália, portanto, qualquer redução faria uma diferença substancial para as próximas gerações.

“Este projeto fornecerá novos esclarecimentos sobre a suplementação de algas marinhas durante todo o ciclo de produção de gado de corte no sul da Austrália e demonstrará diferentes abordagens que podem ser usadas para reduzir as emissões de metano na pecuária. Também continuaremos avaliando e comparando dois dispositivos para medir metano no gado para ver se um dispositivo de baixo custo pode tornar o processo mais econômico e acessível a mais agricultores australianos”, concluiu a Dra. Mariana Caetano.

O projeto se baseia na pesquisa anterior que a professora realizou sobre a suplementação de algas marinhas em vacas prenhes e a comparação de dois dispositivos para medir o metano no gado.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).

Fonte: Fiona Crowe, Universidade de Adelaide. Imagem: lilla79 via Pixabay.