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Mapa da fauna no planeta aponta prioridades para preservação

Pixabay

Fonte

USP

Data

quarta-feira, 18 outubro 2017 14:30

Áreas

Biodiversidade

Um mapeamento global dos répteis, que inclui mais de 10 mil espécies de serpentes, lagartos e quelônios, acaba de ser concluído por um grupo de 39 cientistas de todo o mundo. O levantamento, combinado com dados sobre 5 mil espécies de mamíferos, 10 mil de aves e 6 mil de anfíbios, completa a síntese global que indica a distribuição das espécies de animais vertebrados no planeta e indica áreas prioritárias para conservação. A pesquisa, descrita em artigo da revista Nature Ecology & Evolution, foi liderada pelas Universidade de Oxford (Reino Unido) e Tel Aviv (Israel) e teve a contribuição de pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da USP.

A ideia por trás do projeto é a de que, para melhor proteger a vida silvestre, é preciso saber onde as espécies vivem, de forma que ações corretas sejam implementadas e recursos financeiros escassos sejam corretamente direcionados. Assim, o grupo internacional de pesquisadores produziu mapas detalhados da distribuição de todas as espécies conhecidas de répteis e juntou-os àqueles já existentes para os demais grupos de vertebrados terrestres do planeta, os mamíferos, as aves e os anfíbios.

Biodiversidade

A caatinga na região Nordeste é considerada uma área de grande biodiversidade (hot spot) de lagartos, com mais de 60 espécies identificadas, muitas delas exclusivas dessa região. “A caatinga não é considerada uma área muito importante para a agricultura, exceto em pequena escala, por isso a terra não é tão valorizada”, afirma Martins. O custo da conservação foi avaliado na pesquisa pelo geógrafo Richard Grenyer, da Universidade de Oxford. “No caso da caatinga, essa é uma excelente oportunidade para implantar ações de preservação, já que a terra é menos valorizada do que na Amazônia, por exemplo, onde há muita especulação devido a atividades agropecuárias e a exploração madeireira.”

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) está atualmente classificando as espécies mostradas no mapa em uma Lista Vermelha, que mede risco de extinção em categorias, que variam desde “criticamente ameaçada” até “menos preocupante”. Uma vez completado esse trabalho, os dados estarão disponíveis livremente para o acesso e uso públicos.

Futuramente, a lista permitirá que diversos tomadores de decisão, desde países, organizações não governamentais, empresas ou pessoas, possam compreender melhor a biodiversidade em suas vizinhanças, reconhecer sua importância e, crucialmente, agir em prol de sua conservação. O artigo The global distribution of tetrapods reveals a need for targeted reptile conservation está disponível para leitura e download na página da revista Nature Ecology & Evolution.

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